Fogo: Chã das Caldeiras terá dentro de um ano redes de água domiciliária, esgotos e canalizações de electricidade

A localidade de Chã das Caldeiras, situada no município de Santa Catarina do Fogo, terá dentro de um ano redes de distribuição de água domiciliária, de esgotos, viária e de canalizações de electricidade.

Jul 14, 2019 - 11:07
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Fogo: Chã das Caldeiras terá dentro de um ano redes de água domiciliária, esgotos e canalizações de electricidade

A localidade de Chã das Caldeiras, situada no município de Santa Catarina do Fogo, terá dentro de um ano redes de distribuição de água domiciliária, de esgotos, viária e de canalizações de electricidade.

A garantia foi dada sábado pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, ao presidir ao lançamento das obras das redes técnicas e viárias para Chã das Caldeiras, que inclui o acesso à rede de água, de saneamento (rede de esgotos), canalizações de electricidade e rede viária, coisas que, segundo o chefe do Governo, “nunca Chã das Caldeiras teve na sua história”.

As obras da construção de redes técnicas e viárias representam um investimento de 95.784 contos e vai ser executado pela empresa Elevolution no prazo de 10 meses, sendo que a obra consiste na execução da rede viária em Chã das Caldeiras, assim como as redes técnicas como de abastecimento de água, redes de saneamento, redes de águas pluviais e as canalizações eléctricas.

A estrada é construída por dez troços com uma extensão de cerca de três quilómetros (2598 metros) e numa superfície total de mais de 21 mil metros quadrados, cobrando desde Scoral até Bangaeira, passando por Portela.

A presidente do Instituto Nacional de Gestão do Território (INGT), Ilce Amarante, que fez a apresentação do projecto, disse que o mesmo está enquadrado no plano detalhado de Chã das Caldeiras e incide numa área de 60 hectares, que é onde vão ser colocadas a maioria das populações de Chã das Caldeiras.

Segundo a mesma uma estrada vai fazer o descongestionamento dentro de Chã e outra faz a divisão do acesso entre as casas já existentes e a zona onde vão ser construídas as novas casas, observando que toda a preocupação da rede técnica é que ela vai passar ao longo das redes viárias para maximizar os trabalhos de escavações.

Além das redes técnicas e viárias, o primeiro-ministro disse que o Governo vai também fazer intervenção visando a integração das habitações já existentes para o enquadramento no ambiente e criar condições sanitárias em cada casa para que as pessoas possam sentir melhor integradas nesta envolvência, assim como a construção do novo assentamento para as famílias deslocadas na altura da erupção e que vão regressar em muito melhores condições.

O chefe do Governo recebeu as chaves da primeira fase do complexo educativo e depois repassou-as à Câmara Municipal de Santa Catarina.

Na altura o responsável do Gabinete Técnico instalado pelo Governo em parceria com o Instituto Universitário M_EIA, Leão Lopes, explicou que a escola foi integrada para responder à lei aprovada pelo Ministério da Educação, tendo aproveitado para introduzir conceitos pedagógicos, neste complexo reunindo o jardim de infância e o EBI que vão funcionar juntos e geridas pela mesma direcção pedagógica e escolar.

“O desafio que nos foi colocado era aplicar uma experiência aplicável ao terreno para soluções aos problemas de construção sustentável”, disse Leão Lopes, observando que foi aplicado todo o conhecimento nesta obra.

Este edifício, explicou, foi concebido de raiz pensado numa construção sustentável, que permitiu uma poupança em cimento na ordem superior a 20 por cento (%), o acabamento pode ser aplicado em qualquer parte de Cabo Verde, não se utilizou nenhum grão de areia, indicando que “há tecnologia no país que se pode aplicar em obras de vários níveis usando soluções alternativas”.

Segundo o mesmo, o piso foi pré-construído e está assente numa cama de lavas, as paredes são climatizadas, a eficácia energética é boa assim como a iluminação, as portas e janelas permitem uma segurança com a evacuação rápida e o edifício está preparado para resistir ao impacto sísmico de magnitude 4.5, que é máximo que tem na Caldeira.

No futuro, disse Leão Lopes, as crianças do jardim começam no espaço destinado à cantina com uma cozinha semi-industrial e assim que tiverem as salas definitivas, o espaço será libertado para a cantina que servirá também para ministrar formação profissional que os operadores turísticos de Chã das Caldeiras precisam, notando que esta ideia foi pensada para não estar a fazer equipamentos provisórios.

Já as instalações sanitárias, segundo o mesmo, são definitivas para o complexo educativo que terá salas de aulas, sala de professores, um pequeno auditório, cisternas para armazenamento de águas e espaço administrativos.