Fogo: Familiares do paciente transferido da ilha Brava preocupados com atraso no seu encaminhamento para Hospital Agostinho Neto
Os familiares do paciente transferido, na semana passada, da ilha Brava para o Hospital Regional São Francisco de Assis, em estado grave, estão preocupados com o atraso no seu encaminhamento para o Hospital Central da Praia (HAN).
Os familiares do paciente transferido, na semana passada, da ilha Brava para o Hospital Regional São Francisco de Assis, em estado grave, estão preocupados com o atraso no seu encaminhamento para o Hospital Central da Praia (HAN).
Verónica Alves, sobrinha do paciente Alberto Alves, procurou a Inforpress para denunciar os atrasos registados no encaminhamento do seu tio para o Hospital Dr. Agostinho Neto, na Cidade da Praia, para tratamento, acrescentando que a demora poderá ser fatal para que o mesmo fique “paralisado”.
Conforme a mesma fonte, esta disse que o tio caiu numa vala na cidade de Nova Sintra – Brava - e que as autoridades sanitárias da ilha, na ausência de meios para fazer o diagnóstico, encaminharam-no para o Hospital Regional São Francisco de Assis na ilha do Fogo, no passado dia 15 de Dezembro, no navio Liberdade, já que o mesmo veio numa ambulância, tendo dado entrada neste estabelecimento por volta das 13:00 horas do mesmo dia.
De acordo com a Inforpress, Verónica Alves avançou ainda que no próprio dia o médico que o atendeu determinou a realização de exames de radiologia, mas a chapa só foi analisada no dia seguinte (16), acrescentando que face à gravidade, o médico determinou o seu encaminhamento, de urgência, para o Hospital Agostinho Neto, para exames de tomografia e avaliação por um neurocirurgião para determinar as lesões e o tratamento necessário para recuperar a locomoção.
“A sobrinha disse que desde a queda o tio encontra-se imobilizado numa cama do hospital e não consegue realizar qualquer movimento, aguardando o seu encaminhamento para Praia”, escreve a Agência Caboverdiana de Notícias.
Como o mesmo terá de ser transportado em maca, segundo Verónica Alves, a informação que recebeu do hospital é de que não seria possível enviá-lo de avião, devido à indisponibilidade de lugar nos voos comerciais e que para accionar um avião de pequeno porte seria necessário um valor elevado que o governo não iria suportar e a família não tem condições de o fazer.
“A solução seria transportá-lo via marítima com recurso a uma ambulância, o que não aconteceu na última segunda-feira devido ao estado agitado do mar no porto de Vale dos Cavaleiros que não permitiu a deslocação do navio Liberdade”, indica Vernónica à Inforpress.
Nesta quarta-feira, 21, a sobrinha disse à Inforpress que conversou com a diretora do hospital sobre a possibilidade de encaminhá-lo nesse mesmo dia no Inter-ilhas, mas que essa dirigente garantiu que o tio seria encaminhado na quinta-feira (22) no Fast Ferry Liberdade, que aportou à ilha do Fogo, mas mesmo assim, e por razão que ela desconhece, o tio não foi encaminhado para a Cidade da Praia.
Conforme a Inforpress, os familiares apelam às autoridades sanitárias que resolvam o problema antes que seja tarde para que Alberto Alves possa recuperar-se da lesão que sofreu na coluna e na medula que o tem deixado paralisado neste momento e a “depender de terceiros”.
Já a diretora do Hospital Regional São Francisco de Assis, Liziana Barros, apesar de se encontrar de férias, disse à Inforpress que o atraso no encaminhamento do paciente para o Hospital Agostinho Neto deveu-se ao cancelamento da viagem do navio Liberdade na passada segunda-feira devido a mau tempo e que quinta-feira (22) provavelmente a agência que trabalha com o Ministério da Saúde não terá feito a ordem de embarque da ambulância. “A evacuação (transferência) está no sistema aguardando, é um paciente que deve ir na ambulância”, assegurou a diretora do Hospital São Francisco de Assis na ilha do Fogo, citado pela Inforpress.