Fogo: Três médicos especialistas italianos vão estar na região sanitária Fogo/Brava durante duas semanas
Um grupo de três especialistas italianos vai apoiar, a partir de 14 de Março, as estruturas da região sanitária Fogo/Brava com consultas descentralizadas nas respectivas especialidades.
Um grupo de três especialistas italianos vai apoiar, a partir de 14 de Março, as estruturas da região sanitária Fogo/Brava com consultas descentralizadas nas respectivas especialidades.
A vinda dos especialistas, que integra um otorrinolaringologista, um endoscopista com valência na cirurgia geral e um gineco-obstetra, enquadra-se, segundo o director do hospital regional São Francisco de Assis e da região sanitária Fogo/Brava, Evandro Monteiro, na rede de cooperação entre o hospital e outras associações internacionais e universidades, no sentido de, pouco a pouca, resolver a problemática ligada à falta de especialistas, de consulta de especialidades e exames complementares.
Segundo o director do hospital regional São Francisco de Assis, os três especialistas vão, além do hospital, deslocar-se a outras estruturas da região sanitária, incluindo uma deslocação à ilha Brava, indicando que a vinda dos especialistas constitui um meio importante para diagnóstico e tratamento dos pacientes.
O otorrinolaringologista, segundo Evandro Monteira, deverá trazer um audiómetro portátil que pode ser facilmente transportado para as outras estruturas de saúde e permitir a realização de exames e esclarecer alguma situação do ponto de vista de capacidade auditiva dos pacientes na região.
A vinda dos especialistas está devidamente autorizada pela Ordem dos Médicos e pelo Ministério da Saúde, asseverou, indicando que inicialmente a missão previa a vinda de mais dois especialistas, sendo um fisiatra e uma especialista em cirurgia plástica e reconstitutiva, mas que dificilmente vão poder integrar esta missão devendo ficar para uma próxima missão.
Relativamente ao eventual atraso no pagamento de três meses de horas extraordinárias (velas) ao pessoal auxiliar do hospital, a administração considera que “não corresponde, minimamente à realidade”, já que o pagamento das horas extraordinárias é processado mensalmente, no mês subsequente, isto é as velas de Fevereiro, por exemplo, são pagas no final de Março.
“Como responsável da parte administrativa e da própria direcção do hospital, somos os primeiros a zelar para o normal funcionamento da estrutura, mas também defendemos os interesses dos trabalhadores do hospital, sejam eles contratados directamente, sejam aqueles que são quadros do Ministério da Saúde”, disse o director, para quem a informação posta a circular é fruto de uma informação mal passada, sublinhando que havendo atraso no pagamento das horas extras, facilmente a situação seria resolvida.
Questionado sobre a realização do inquérito do “caso da Brava” que levou ao falecimento de uma jovem, o director da região sanitária Fogo/Brava, Evandro Monteiro, disse que é uma situação pública e que pelas informações que dispõe foram situações climáticas que envolveram todo o processo. Indicou ainda que são questões que devem ser analisadas, acreditando que havendo uma situação de normalidade o caso não teria se desenvolvido dessa maneira.
A realização do inquérito, explicou, é uma questão central e está em curso, observando que, enquanto responsável regional, irá fazer tudo que lhe toca, pese embora neste tipo de situação haja uma equipa independente que faz o trabalho.
“Nós teremos, provavelmente, o nosso papel enquanto responsável e iremos participar neste processo”, disse.
JR/ZS
Inforpress/Fim