Francisco Tavares, ex-autarca da ilha Brava tem a esperteza política básica de um condutor de Hiace - Casimiro de Pina

Em publicação que já circula nas redes sociais, Casimiro de Pina não poupou críticas ao antigo autarca, referindo-se a ele como alguém que “escreve com deficiência” e que possui “aquela esperteza política básica de um condutor de Hiace”. A frase, carregada de ironia e desdém, está a gerar forte reação pública, tanto de apoio como de repúdio.

Embora não esteja claro o contexto exacto da declaração, fontes próximas ao círculo político da oposição indicam que as palavras de Casimiro surgem na sequência de uma troca de farpas em redes sociais, onde Francisco Tavares teria defendido posições consideradas “retrógradas” por alguns comentadores. Tavares, conhecido por seu estilo pouco respeitoso e posicionamentos usando palavras de baixo calão, já teve desentendimentos com diversas figuras públicas, com cidadãos comuns e  inclusive com militantes dentro do seu próprio partido (MpD).

Casimiro, por sua vez, é conhecido por adotar uma postura crítica e sem filtros. Desde sua candidatura à Presidência da República em 2021 — marcada por discursos intensos e fora do padrão político tradicional — que o jurista tem mantido uma presença frequente no debate público, frequentemente através de posts opinativos nas redes.

Algumas pessoas já se pronunciaram. Alguns consideram as palavras de Casimiro “fortes e desnecessárias”, enquanto outros veem nelas uma crítica legítima a práticas políticas que, segundo dizem, precisam de renovação.

Até ao momento, Francisco Tavares não fez uma resposta pública às declarações. No entanto, fontes próximas que conhecem bem o ex-autarca garantem que ele vai responder.

Casimiro de Pina continua a ser uma das figuras mais controversas do espaço público cabo-verdiano. Admirado por uns pela sua frontalidade e inteligência jurídica, e criticado por outros pelo tom agressivo e linguagem por vezes forte e fora do politicamente correcto, o antigo candidato presidencial parece não se importar em “agradar a todos”. Como ele mesmo escreveu uma vez: “A verdade, mesmo dita de forma áspera, continua a ser verdade.”