Francisco Tavares - Obras não ganham eleições, mas sim empatia, espírito de equipa, humildade, saber ouvir e boa liderança

No panorama político actual, as promessas de obras e projetos grandiosos muitas vezes dominam o discurso eleitoral. No entanto, especialistas e o bom senso recomendam que a chave para uma vitória verdadeira não está apenas nas obras que se possam realizar, mas na criação de um ambiente de empatia, espírito de equipa, capacidade de ouvir e de congregar, além da humildade e liderança genuína.

Dec 8, 2024 - 12:06
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Francisco Tavares - Obras não ganham eleições, mas sim empatia, espírito de equipa, humildade, saber ouvir e boa liderança

Políticos que têm se destacado pela abordagem centrada nas pessoas e pelo foco no desenvolvimento comunitário, dizem sempre que obras não ganham eleições. O que realmente importa é a capacidade de ouvir a população, trabalhar em equipa e mostrar uma liderança que inspire confiança.

A empatia, é o primeiro passo para estabelecer uma relação de confiança com os eleitores. "Sem entender as dificuldades, os sonhos e as necessidades das pessoas, qualquer projeto pode ser visto como algo distante da realidade delas", afirmou outro político que já ganhou quatro eleições seguidas. Em um mundo onde as campanhas eleitorais costumam ser centradas em promessas materiais, eles sugerem que, na verdade, o que as pessoas mais buscam é alguém que realmente as compreenda e se preocupe com o seu bem-estar.

Destaca a importância de escutar, mostrar uma disposição genuína para agir de acordo com as necessidades da comunidade. Necessidade de criar espaços de diálogo e envolver os cidadãos em decisões que impactam diretamente suas vidas, algo essencial para a construção de uma sociedade mais justa e equilibrada.

Outro ponto é a importância do trabalho em equipa. A política não deve ser vista como uma luta individual, mas como um esforço coletivo. "Nenhuma grande transformação é feita sozinha. Um líder eficaz é aquele que sabe unir as pessoas em torno de um objetivo comum, que tem a capacidade de delegar responsabilidades e de reconhecer o valor de cada membro da sua equipa", explica um especialista.

Com isso em mente, destaca-se que um bom líder deve ser alguém capaz de integrar diferentes perspectivas, respeitar a diversidade de ideias e, ao mesmo tempo, alinhar esses esforços para uma causa comum. Em poucas palavras, "um bom projeto não depende apenas de um bom gestor, mas de uma equipa unida, com propósito e motivação."

No contexto local, é necessário se destacar pelo compromisso em construir parcerias com outras forças políticas, organizações não governamentais, empresas e cidadãos. Essa colaboração mútua visa promover o bem comum e o desenvolvimento de políticas públicas mais eficazes. A política é um reflexo da sociedade, e a liderança deve ser um exemplo de compromisso com todos os setores da comunidade.

No entanto, é a liderança verdadeira e genuína o principal pilar para conquistar a confiança do eleitorado. "Liderar é mais do que prometer mudanças. É necessário ser transparente, ser honesto e mostrar resultados concretos", aconselha um experimentado líder político cabo-verdiano. Acredita-se que, em tempos de desilusão política, a confiança não é algo que se conquista com palavras vazias, mas com acções consistentes e compromisso contínuo com o bem-estar colectivo.

Há que se ter uma liderança focada na resolução de problemas reais. Em vez de se concentrar em grandes projetos que muitas vezes ficam no papel, deve se dedicar a implementar iniciativas mais modestas, mas com grande impacto no quotidiano da população. O trabalho de um político deve envolver desde pequenas reformas em espaços públicos até programas sociais de apoio a grupos vulneráveis, sempre com a preocupação de que cada ação seja uma resposta prática às necessidades da comunidade.

Destaca-se ainda a importância da transparência nas decisões políticas. "As pessoas precisam entender como os recursos são geridos e como as decisões são tomadas. A confiança vem da clareza com que se expõem as intenções e os objetivos", diz o então vencedor nas últimas eleições, Amandio Brito, que tem defendido uma gestão pública mais aberta e acessível, com canais de comunicação mais eficientes entre a população e os governantes.

Nas últimas eleições, Amandio Brito apresentou uma candidatura baseada na empatia, espírito de equipa e liderança genuína. Seu projeto político, no entanto, vai além das promessas de obras ou das críticas ao sistema vigente. Ele visa promover uma política de proximidade, onde as pessoas sintam que fazem parte do processo decisional e que suas vozes são ouvidas.

Brito sabe que as eleições não são vencidas apenas com propostas grandiosas, mas sim com a construção de um relacionamento sólido com a população. Ele aposta na força do coletivo e na ideia de que a política deve servir para melhorar a vida de todos, sem exceção. "Os grandes avanços de uma sociedade não são medidos pelo tamanho das obras ou dos investimentos, mas pela capacidade de transformar a vida das pessoas para melhor, criando um ambiente mais justo, equilibrado e inclusivo", conclui.

A visão de Brito para o futuro não se baseia em promessas vazias ou projetos que se perdem no tempo. Ele acredita que a verdadeira mudança começa com a liderança de pessoas que sabem escutar, que promovem a união e que estão comprometidas em agir com integridade e responsabilidade.

Neste sentido, Brito não só quer ser lembrado como um líder capaz de realizar obras, mas como alguém que fez a diferença nas vidas das pessoas ao dar-lhes uma voz, ao criar oportunidades e ao transformar a política em um campo de ação coletiva e solidária.