GOVERNA-SE À PALHAÇADA, EM CABO VERDE, MAS, COM ESCÂNDALOS E BENÇÃO

Veja-se, hoje, 02 de agosto de 2023, dois escândalos no agenciamento: (i) o anúncio da fuga dos jovens-peregrinos cabo-verdianos da JMJ, em Lisboa e (ii) a expulsão do antigo Presidente da AN e Ex-Provedor da Justiça, Engenheiro Espírito Santo, do Painel dos analistas do Programa do Jornal de Domingo. Ao invés de o Governo os tratar com Sentido de Estado e responsabilidade que se espera aparecem dois governantes-palhaços, no circo que se tornou a governação do país, a tergiversar a realidade e a nos tratar de idiotas-úteis. É triste e ridículo estes posicionamentos, na justa medida em que envergonham os cidadãos decentes e fazem com que estes sejam vistos pelo prisma destes medíocres governantes que agem “Sem djobi pa ladu pamodi és ka tá djobi spedju”.

Aug 3, 2023 - 06:04
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GOVERNA-SE À PALHAÇADA, EM CABO VERDE, MAS, COM ESCÂNDALOS E BENÇÃO

É, no mínimo, cínico não admitir que Cabo Verde está sendo governado à palhaçada, em quase todos os níveis e setores de governação. Ao nível do governo central e local e em setores chaves como a justiça, saúde, educação e a economia, somam e avolumam os cenários que compõem o circo.

Vive-se, sem paralelo na história da nossa governação, um Governo caricatura de si. Um Governo que comunica e assume sempre o caricato, o contrário de si. Ou seja, como diz um especialista na área, faz com as mãos e apaga com os pés. Coloca no seu mascarado jeito e esguio tom tudo aquilo que os mais comuns dos mortais cidadãos se apercebem com tamanha nitidez. Pior do que negar a realidade e a sua metamorfose, o Governo reveste-lhe a máscara e incita os cidadãos a ter uma inteligibilidade instrumental, em tudo oposta à razão e aos factos.

Os números que dão corpo aos dados são lidos, convenientemente, em consonância com a mentira a ser urdida.

A representação numérica do desemprego, da emigração jovem, da pobreza extrema, da criminalidade e até do crescimento econômico merecem e recebem sempre deste Governo viés de análise com distorções-torções que tem tudo para envergonhar o comunicador, acaso não seja/fosse cínico.

Os factos que ocorrem pela construção consciente ou inconsciente dos seus narradores não têm existência. Não têm tempo, lugar e medida, por isso, o Governo os encarra com o sopro do seu assobio e com as mãos no bolso passando á margem.

Não há problemas e/ou escândalos a merecerem preocupação, deste Governo em Cabo Verde. Pelo contrário, eles sempre recebem a benção do Governo. É assim com a corrupção, com o nepotismo, falta de transparência, gestão danosa, assédio laboral, opressão, tolhimento da liberdade democrática, etc. Ao mais ínfimo sinal da denúncia ou ocorrência, vem um ministro-palhaço colocar-lhes o tom e a clareza visada.

Veja-se, hoje, 02 de agosto de 2023, dois escândalos no agenciamento: (i) o anúncio da fuga dos jovens-peregrinos cabo-verdianos da JMJ, em Lisboa e (ii) a expulsão do antigo Presidente da AN e Ex-Provedor da Justiça, Engenheiro Espírito Santo, do Painel dos analistas do Programa do Jornal de Domingo. Ao invés de o Governo os tratar com Sentido de Estado e responsabilidade que se espera aparecem dois governantes-palhaços, no circo que se tornou a governação do país, a tergiversar a realidade e a nos tratar de idiotas-úteis. É triste e ridículo estes posicionamentos, na justa medida em que envergonham os cidadãos decentes e fazem com que estes sejam vistos pelo prisma destes medíocres governantes que agem “Sem djobi pa ladu pamodi és ka tá djobi spedju”.

O padrão, já com formulações anteriores, há muito o tinha visto e denunciado: ele é arrogante, ditatorial e de tamanho desprezo pelos cidadãos-votantes e cidadãos-contribuintes os verdadeiros donos do poder em democracia.

É caso para se pensar que em Cabo Verde, as vezes que nas eleições vencer o MPD, consolida-se a matriz do nosso regime democrático, que é de Direita, mas também conjugam-se vícios graves na governação, através de Escândalos e Benção. Sem ter tido vontade nem desejo e também pela sua e nossa desgraça, Daniel Benoni institucionalizou um amaldiçoado paradigma para o MPD, desde 1996, com a cunhagem do Escândalo de Benção concedido à gestão danosa ocorrida na Embaixada de Cabo Verde, em Portugal.