Ilha Brava: Alunos da Universidade Rode Island com “outras visões” após visitarem escolas do País
Uma equipa constituída por 20 elementos da Universidade Americana Rode Island encontra-se, na ilha Brava, para uma visita de dois dias, tendo já realizado uma parte do programa de interesse principalmente para os alunos.
Uma equipa constituída por 20 elementos da Universidade Americana Rode Island encontra-se, na ilha Brava, para uma visita de dois dias, tendo já realizado uma parte do programa de interesse principalmente para os alunos.
Jéssica Monteiro, coordenadora da comitiva disse à Inforpress que esta visita está a ter um “impacto enorme” para os estudantes.
“Foi muito bom, principalmente a visita que efectuamos ao liceu, porque eles são universitários e normalmente reclamam muito sobre o facto de terem cinco disciplinas por semestre, mas aqui tiveram a oportunidade de ver que os alunos no liceu já são obrigados a estudarem 10 no máximo”.
Não obstante as reclamações face ao número de disciplinas, Jéssica adiantou também que estes universitários “normalmente têm todas as condições necessárias para estudarem” e, no entanto, “não usufruem delas da melhor forma”.
E este encontro “serviu” para levarem em conta que enquanto eles “desperdiçam”, outros “lutam” para ter o mínimo de estudo possível, “debaixo de vários sacrifícios”, enfatizou.
Por seu turno, os alunos demonstraram a sua satisfação com esta visita, elogiando a capacidade dos estudantes cabo-verdianos no que tange a “aprendizagem” e “domínio” de algumas línguas estrangeiras e outras disciplinas.
“Parece que aqui a escola é muito mais difícil, porque aprendem mais do que duas línguas. Na América, além do inglês, aprendemos o espanhol. Mas, já com quatro anos de aprendizagem ainda não consigo falar quase nada”, diz Nickya uma das alunas da comitiva.
“Vocês fazem muitas coisas de uma só vez. Na América, muitos dos estudantes não aprendem mesmo, somente memorizam para os testes e exames, depois tudo é deixado de lado”, adiantou esta visitante.
Outro facto que lhes chamou atenção foi durante o encontro com o presidente da câmara municipal, em que Francisco Tavares, elencando as maiores dificuldades do país, referiu o problema da água, que afecta o país inteiro.
Aí, Nickya comoveu-se e “prometeu” que enquanto estiver no país vai “diminuir o tempo que passa no banho” e “poupar água em quase tudo o que faz”.
“Na América tomo banho durante muito tempo, gasto muita água, porque aí não temos este problema, mas aqui, vou dar o meu contributo ajudando na poupança deste bem precioso para os cabo-verdianos”, sublinhou.
A ilha da Brava recebeu vários elogios por parte da comitiva que a descreveu como sendo uma ilha “fresca, clima suave, diferente da ilha de Santiago, calma e que possui uma natureza deslumbrante”.
Esta comitiva que permanece na ilha até o dia 16, prossegue esta quarta-feira com visitas às várias localidades da ilha.
Inforpress/Fim