Ilha Brava: Embarcação marítima oferecida à esquadra policial da Brava estacionada no cais da Furna
Em meados do mês de Agosto, a esquadra policial foi apetrechada de uma embarcação marítima, que segundo o comandante desta esquadra, a mesma iria “apoiar” o trabalho dos agentes na ilha, principalmente na área marítima.
Em meados do mês de Agosto, a esquadra policial foi apetrechada de uma embarcação marítima, que segundo o comandante desta esquadra, a mesma iria “apoiar” o trabalho dos agentes na ilha, principalmente na área marítima.
Na altura, foram enviados três agentes desta esquadra à ilha de Santiago, para receberem uma formação técnica, ministrada por formadores da empresa Metal Shark, dos Estados Unidos da América.
Além da ilha Brava, outras esquadras receberam estas embarcações, que têm o mesmo objectivo, “apoiar no trabalho marítimo”.
Entretanto, na ilha Brava, já lá vão mais de 15 dias que a embarcação está simplesmente “atracada e abandonada” no cais. Pois, a última vez que saiu ao mar foi a 21 de Outubro, no dia do acidente dos três pescadores da ilha do Fogo.
Ainda, sabe-se que no dia deste incidente, foi recorrido a um civil para dirigir a embarcação, uma vez que, a esquadra policial ou o destacamento da polícia marítima da ilha, não tem tomado nenhuma iniciativa para colocar os agentes formados a praticarem e treinarem de forma a estarem preparados para prestarem socorro quando necessário.
Até porque, não se sabe nem se a embarcação está sendo feita a manutenção como deve ser, porque a única coisa que se tem certeza é de que a mesma está atracada no cais da Furna e sem nenhuma utilidade.
Será que a embarcação só sai do porto quando houver emergência? Para quê formar agentes e depois não dar-lhes oportunidades de se treinarem como deve ser, para estarem preparados no caso de surgirem quaisquer eventualidades?
Dos poucos treinos realizados, ambos foram à luz do sol. E se surgir qualquer emergência a noite? Será que os policiais conhecem às luzes, como e quando devem ser utilizadas? De certo que não. Porque em plena tarde, no acontecimento do acidente dos pescadores foi accionado um civil para a operação, como é que a noite, poderiam confiar nestes policiais já que às autoridades não tomem iniciativas em deixá-los treinar como deve ser?
De relembrar que em declarações à Inforpress, o comandante Arlindo Sanches declarou que, a embarcação iria “ajudar na questão da fiscalização da orla marítima, tendo em conta que a ilha Brava tem muitas vulnerabilidades, muitas costas e vários pescadores. Esta embarcação será imprescindível para o controlo, não só da orla, como também dos ilhéus, que são considerados reservas naturais”.
Declaração esta que foi reforçada pelo director nacional da Polícia Nacional (PN), o Superintendente-Geral, Emanuel Estaline Moreno, no mês de Setembro, quando visitou a ilha Brava.