Ilha Brava: Festival Sete Sóis Sete Luas pode ser “enriquecida” com a vertente literária – Presidente da República
O Presidente da Republica, Jorge Carlos Fonseca, sugeriu que os organizadores do Festival Sete Sóis Sete Luas (SSSL) avaliem a possibilidade de inserir a vertente literária no leque de actividades que vêm realizando.
O Presidente da Republica, Jorge Carlos Fonseca, sugeriu que os organizadores do Festival Sete Sóis Sete Luas (SSSL) avaliem a possibilidade de inserir a vertente literária no leque de actividades que vêm realizando.
O Presidente da República, e presidente honorário desta edicção do Festival SSSL, no acto da inauguração do Centrum SSSL na Brava, salientou que o festival SSSL tem feito um trabalho “muito válido e muito meritório”, de divulgação e intercâmbio de artistas, músicos, intérpretes, compositores, artistas plásticos, que é “notável”, como a “criação” de bandas musicais, dos vários centruns, entre outros.
Além disso, o presidente honorário do festival destacou também a “divulgação” da música cabo-verdiana, das artes, da gastronomia e dos agentes culturais, que tem sido proporcionada pelo SSSL no exterior.
“Há pouco tempo a Brava 7 Luas Band esteve numa digressão lá fora, através do Festival SSSL, o que quer dizer que certamente, faz um trabalho de internacionalização da cultura cabo-verdiana, além dos intercâmbios, ao trazer bandas dos Países Baixos, Cecília, Eslovénia, França, pinturas marroquinas, entre outros para o país”, apontou o chefe de Estado cabo-verdiano.
Tendo em conta as áreas de actuação do Festival SSSL, consideradas “importantes” pelo mais alto magistrado da Nação, o mesmo sugeriu que a literatura entrasse para esta lista.
“Como isto é uma rede de cidades cabo-verdianas, portuguesas, espanholas, italianas, marroquinas, francesas, talvez o Sete Sóis pudesse fazer um trabalho de aproximação de escritores, poetas destas zonas, eventualmente com traduções, conhecer uma outra área que iria complementar de certa maneira as áreas mais fortes que têm sido as privilegiadas do SSSL”.
Jorge Carlos Fonseca considerou que a serenidade, tranquilidade da ilha Brava, é um ambiente que “potencia” o romantismo, a criatividade e a imaginação, avançando que esta ilha “proporciona voos na área da literatura e da poesia”, como forma de incentivar os organizadores a reflectirem sobre a proposta.
O presidente honorário explicou que, quando foi convidado para esta “missão”, o mesmo tinha uma ideia “um pouco precisa” do que era mesmo o festival SSSL e nem a noção do trabalho feito pelo SSSL, mas aos poucos, foi “conhecendo e avaliando” melhor, participando em alguns eventos, chegando à conclusão de que o que se quer é a “internacionalização” da cultura, das gentes, divulgar a música cabo-verdiana fora, e que o Festival SSSL está a fazer isto.
“E o processo de internacionalização é um elemento fundamental para a afirmação do país no mundo”, finalizou.
O presidente da Câmara Municipal da ilha Brava, Francisco Tavares, destacou a importância da parceria com o projecto SSSL e, segundo o mesmo, “não imaginava que desde 2012 em que foi feito o convite pelo Presidente da República a ilha ganhava tanto com o mesmo”.
Segundo o autarca, o Centrum “permitiu” uma nova dinamização na ilha, onde, através do festival foram realizados vários intercâmbios, que sem este projecto, não havia recursos suficientes para que os mesmos tornassem realidade.
Com a inauguração, Francisco Tavares diz estar convicto que o Centrum “permitirá” a ilha entrar numa outra fase, dar outros passos, dentro da área do turismo, através da cultura, criando empregos e dinamizando a cultura na ilha.
Após a inauguração, o grupo Brava Sete Luas Band fez a honra da casa, actuando e levando o público ao “delírio” com temas que retratam a realidade bravense.
Mas o dia foi marcado também com espectáculos de bicicleta acrobática com Yldor Llach, concerto do grupo Tammorra (Itália) e foram também apresentadas algumas curtas-metragens da Suécia, e dos PALOP.
Inforpress/Fim