Ilha Brava: Fundação José Andrade quer resgatar” vertente cultural da ilha “caída em desuso”
O ex-emigrante e fundador da fundação que leva o seu nome, José Andrade, disse à Inforpress que vai trabalhar “fortemente” na área cultural para “resgatar” o que de bom a ilha tem e que vem “caindo em desuso”.
O ex-emigrante e fundador da fundação que leva o seu nome, José Andrade, disse à Inforpress que vai trabalhar “fortemente” na área cultural para “resgatar” o que de bom a ilha tem e que vem “caindo em desuso”.
Conforme explicou, a Fundação José Andrade está no início e, além de vários objectivos que já tem determinado, o primeiro passo é “institucionalizar e instalar” a sede.
A fundação, além da vertente cultural, vai actuar nas áreas sociais, tendo como fim “trabalhar para o desenvolvimento da ilha Brava e lutar contra a pobreza”.
Segundo o dirigente, a ilha, que outrora teve um desenvolvimento cultural, hoje está “caindo em desuso”, devido a “alta taxa de emigração”.
Sendo assim, ajuntou, para começar a actuar “de forma visível” na sociedade, a Fundação já encetou contactos para o apetrechamento da sede com equipamentos adequados, para permitir aos jovens desfrutar de um “espaço digno”.
Está na agenda desta fundação a criação de escolas, para “desenvolver o ensino e a prática” de artes, nomeadamente a nível da música, artesanato, pinturas e fundos para apoiar os jovens nos estudos.
“A ilha está um pouco relaxada e isolada, muitas vezes por culpa da própria população, que pensou somente em emigrar e esqueceu-se de investir aqui”, disse Andrade, adiantando que a ilha tem “várias potencialidades”, mas que é necessário explorá-las, de forma a criar meios de demonstrar outras pessoas soluções diferentes, que não seja somente a emigração.
Questionado sobre a importância desta fundação no desenvolvimento da ilha, o presidente da Câmara Municipal da Brava, Francisco Tavares, considerou que as vantagens “são múltiplas”, principalmente no desenvolvimento e ensino da arte e a nível das tecnologias de informação e comunicação.
Para esta fonte, a fundação será um “elo para se conseguir financiamentos” para a ilha em áreas, instituições e parceiros que só as ONG são passíveis de candidatura a esses fundos.
Além disso, Francisco Tavares sustentou ainda que a fundação trabalhará com a autarquia na “promoção da cidadania”, para uma Brava “muito melhor”.
Em contrapartida, a câmara será “uma parceira” da fundação, praticando “isenção” de todas nas taxas e licenças municipais para as obras da sede, assim como “cooperar” com maquinaria, quando solicitado, além do apoio institucional.
inforpress