Ilha Brava: Na zona de Lomba Tantum existem pessoas com potenciais que necessitam de ser exploradas – Antonina Silva
A formadora da acção de capacitação na área de gestão de pequenos negócios e empreendedorismo, realizada na comunidade de Lomba Tantum, disse hoje que nesta localidade “existem pessoas com potenciais que só necessitam de ser exploradas.
A formadora da acção de capacitação na área de gestão de pequenos negócios e empreendedorismo, realizada na comunidade de Lomba Tantum, disse hoje que nesta localidade “existem pessoas com potenciais que só necessitam de ser exploradas.
Em declarações à Inforpress, no final desta acção de formação, Antonina Silva fez um balanço positivo do evento, destacando a interactividade e a dinâmica em que decorreu a formação.
A formadora avançou ainda que esta formação permitiu aos participantes “estarem unidos, partilhando experiências e trabalhando com um espírito de equipa”.
A mesma fonte reconheceu que s problemas enfrentados pelos agricultores desta comunidade são as mesmas enfrentadas pelos pescadores, peixeiras, ou criadores de gado e que caso se “unirem, juntos vão mais longe”.
Para atingirem os objectivos e sucessos nos negócios, que é um dos objectivos da formação, Antónia Silva lembrou que durante a formação foi abordada muito a importância do “espírito da equipa e da comunicação”, de forma a não pensarem isolados, ou seja, devem “pensar, detectar problemas e solucioná-los juntos”
Seguindo estes passos, conforme a mesma fonte, é possível “dar um passo a mais”. “Para muitos dos problemas que têm, a solução está nesta comunidade, e é por isso que tentámos trabalhá-los o espírito empreendedor, onde eles mesmos conseguem ver as possíveis saídas para cada problema”.
O “comodismo”, segundo a responsável, é um dos “problemas” que condicionam estas pessoas a se desenvolverem e verem que os seus negócios podem ser “mais rentáveis”, gerando rendimentos para a sustentabilidade das suas famílias, da comunidade e, principalmente, para o desenvolvimento da ilha Brava.
Maria Marcelino, peixeira há quase vinte anos e participante da formação, exaltou a importância desta acção de capacitação.
Para ela, mesmo tendo muitos anos no negócio,” nunca soube” administrar a actividade “muito bem, por falta de conhecimentos”.
Mas a mesma garantiu que com esta formação, às coisas vão melhorar, começando pela “valorização” da sua profissão.
“Agora a venda de peixe não está dando rendimento, mas antigamente dava”, disse esta participante, afirmando que foi com o dinheiro da venda do peixe que construiu a sua casa e adquiriu todos os bens que tem hoje.
“Se tivesse esta formação na altura, fazia uma gerência melhor e hoje poderia ter outra pessoa empregada. Por falta de conhecimento, achava que tudo o que conseguia era meu e não dei o devido tratamento”, reconheceu a peixeira.
Agora, Maria Marcelino está convicta de que as coisas vão mudar.
“A partir de agora, tenho de ter o meu vencimento no final do mês, e não gastar tudo no mesmo dia. Ter um plano das vendas, das despesas, dos ganhos, lucros, de forma a controlar o meu negócio”, afirmou a formanda.
A formadora lançou um desafio aos participantes, em que cada um deve passar a mensagem para mais cinco pessoas, uma vez que não foi possível juntar toda a comunidade.
E em sentido de apelo, Antonina Silva pediu aos participantes que “agarrem qualquer oportunidade que possa surgir para esta comunidade, desde formações passando pelo financiamento, e que façam “o bom uso sempre”.
Esta formação é realizada pelo Instituto Cabo-verdiano para a Igualdade e Equidade de Género (ICIEG), em parceria com o Programa de Promoção de Oportunidade Socioeconómica Rurais (POSER).
Depois de Lomba Tantum, hoje deu-se início a mais uma acção de capacitação na área, desta vez na comunidade de Furna.