Ilha Brava: Noite gastronómica e tocatina no arranque das actividades comemorativas do Dia da Cultura Cabo-verdiana

As actividades alusivas às comemorações do Dia Nacional da Cultura, na ilha Brava, iniciaram-se com tocatina e uma noite gastronómica, de um programa mais vasto que decorrerá durante uma semana.

As expectativas, conforme a vereadora da Cultura, Edna Andrade, “são várias” e o primeiro desejo é que a população adira ao evento, “principalmente a camada jovem”, visando “mais de conhecimento” daquilo que é a cultura bravense” e que tudo corra “na normalidade”.

O presidente da Câmara Municipal da Brava, Francisco Tavares, disse, por seu lado, que a autarquia conta que este seja o “ano de lançamento” de um programa de actividades, que “aos poucos vai entrando no calendário dos bravenses”, para que todos os anos, passem a comemorar a semana que terminará com o Dia Nacional da Cultura, e do patrono Eugénio Tavares.

Para a fonte, o “engajamento” que houve em torno da organização e realização desta actividade garante o “cumprimento na íntegra” do programa e o sucesso da mesma, valorizando assim o esforço dos grupos e individualidades que estão envolvidos para proporcionar à ilha esta semana cultural.

Segundo o autarca, a cultura é “intrínseca” a cada pessoa, por isso pede a quem “tiver, entender ou tem interesse” em alguma área da cultura para se dirigir à Comissão Municipal da Cultura, com o intuito de, nas próximas actividades ter a oportunidade de expor o que é o seu talento na área, desde pintura, fotografias, poemas, teatro, música e rendas, entre outros.

O mesmo manifestou ainda o desejo de ter a “colaboração” das pessoas mais idosas, no sentido de “recuperar alguns traços culturais mais antigos”, que, precisou, nesta era não estão sendo colocadas em prática, para tentar “dar vida, reviver e demonstrar” que a cultura da ilha não se resume somente ao São João e às festas Juninas.

A responsável pela feira gastronómica, Berta Duarte, do grupo Mocidade, contou que na gastronomia preparam vários pratos tradicionais que “representam a cultura gastronómica da Ilha Brava, como “xerém na capa, totoco, feijoada e cachupa”.

Segundo a mesma fonte, a cultura é a “nossa identidade” e não é algo que deve ser “valorizado” somente pelas instituições, mas por todos.

Por isso, “todos nós devemos unir e fazer, porque senão nunca daremos um passo nesta área e tudo cai em desuso”, finalizou Berta.

A ilha Brava já tem uma Comissão Cultural, que foi criada com o intuito de ultrapassar “algumas demandas” encontradas na promoção e realização de actividades culturais, e estão a trabalhar sob o lema “Abraça kel k di nos”.

Inforpress