Ilha Brava recebe demonstração de artes marciais do grupo Fogo em Chama e contactos para implementar o karaté

Em declarações à imprensa, o responsável do grupo e também membro da Federação Cabo-verdiana de Karaté Orlando Lopes explicou que esta visita à ilha Brava tem como objectivo motivar os seus atletas e estabelecer contactos para a implementação e efectivação da modalidade na ilha. que é uma das que não possui este desporto no País.

Segundo este responsável, há um grupo de atletas que vai participar na competição nacional, que vai ser realizada na ilha da Boa Vista, daí decidiram trazer à ilha Brava os outros atletas como forma de motivação, mas também de mostrar ao povo bravense algumas técnicas das artes marciais e o que fizeram durante um ano de treino.

Para a Brava têm programado três demonstrações, tendo iniciado na segunda-feira, 28, em Nova Sintra, mas que foi interrompida devido ao corte de electricidade, tendo então a intenção de repetir esta demonstração e realizar outras duas, sendo uma em Furna, hoje, e outra em Nossa Senhora do Monte.

Por ser membro da Federação Cabo-verdiana do Karaté, aproveitou para fazer contactos na ilha, evidenciado que no País somente as ilhas Brava e Maio não possuem esta modalidade no seu quadro desportivo.

Daí acentuou que na Brava esteve em contacto com o presidente da câmara municipal e o responsável do pelouro do Desporto e a ideia é preparar um professor residente na ilha, com formações e práticas, seguindo os procedimentos legais, de forma a trabalhar com as crianças, jovens e adultos interessados.

O próprio Orlando Lopes comprometeu-se a fazer uma supervisão aos trabalhos na ilha, semanalmente.

Como técnico geral da região Fogo/Brava anunciou que vai trabalhar para que essa modalidade seja desenvolvida e implementada na Brava, defendendo que desporto nesta ilha não se pode resumir somente ao futebol e futsal.

Aliás, defendeu que os jovens bravenses ao presenciar os trabalhos desenvolvidos pelo grupo Fogo em Chama demonstraram-se motivados e com interesse em participar nesta modalidade.

Da parte desta escola, o atleta Carlos de Pina considerou que esta actividade está a ser “muito divertida” tendo assim a oportunidade de apresentar o que têm aprendido aos bravenses, mas também a oportunidade de os incentivar a enveredar pelos caminhos do karaté.

Evana de Pina considerou, por seu lado, que esta actividade é uma oportunidade de demonstrar à população bravense que o karaté é “disciplina”, uma arte marcial e um desporto que envolve muita coisa para o bem da saúde e bem-estar.

Além disso, finalizou, é uma chance de demonstrar que o desporto é para todos, independentemente do sexo, e outros aspectos que causam tabus, pois é “uma forma de expressar”.