Ilha Brava sem corpo de bombeiros, mas com pessoal formado com capacidade de intervenção - autarca
O presidente da Câmara Municipal da Brava, Francisco Tavares, confirmou hoje que a ilha não possui ainda um corpo de bombeiros, mas garantiu que existem elementos formados com capacidade de intervenção enquanto tal.
Em declarações à Inforpress, a propósito do Dia Internacional dos Bombeiros, que se assinala hoje, Tavares salientou que a ilha tem um conjunto de homens que foram promovidos numa acção de formação enquanto agentes de Protecção Civil e Bombeiros, no município, em conjunto com o Sistema Nacional de Proteção Civil.
Neste sentido, informou ainda que a autarquia tencionava criar um corpo profissionalizado, mas com apenas três elementos, por motivos de emigração, a autarquia integrou os restantes elementos nos serviços da câmara, mas “sempre alerta para intervir em caso de necessidade” na área da Proteção Civil e Bombeiros.
“Os outros elementos membros da sociedade não incorporadas neste grupo bravense, também actuam enquanto voluntários, sendo que a câmara municipal sempre que necessário solicita o seu apoio. Portanto, no sentido da palavra não posso dizer que temos uma corporação de bombeiro, mas sim elementos formados”, concretizou o autarca.
Segundo Francisco Tavares, estão abertas inscrições para formações na câmara municipal para capacitar pessoas, com capacidade de intervenção enquanto bombeiro, isso em parceria com os bombeiros a nível nacional.
Ao ser questionado se o município não carece de ter uma corporação de bombeiros efectivos, disse que a ilha precisa sim de um corpo de intervenção da Proteção Civil, que considerou ser mais do que bombeiros, tendo em conta que esta corporação está mais ligada ao combate a incêndios.
“O que precisamos é reforçar a capacidade da ilha em equipamentos, nomeadamente carros especializados de combate a incêndio, ambulâncias municipais, que tínhamos, mas acabou por danificar e mais instrumentos para que os grupos voluntários que fizeram a formação, possam usar em caso de necessidades”, ressaltou.
Segundo Francisco Tavares, a ilha possui um risco sísmico e, em caso de necessidade, pelo menos a autarquia tenha fardamento e materiais necessários para intervenção em qualquer área.
O presidente da câmara precisou que até ao momento a Proteção Civil tem dado resposta às demandas, no entanto, realçou que todas as vezes que ocorre “alguma eventualidade”, as autoridades sentem que a ilha “precisa de mais meios, para melhor investir”.
O Dia Internacional do Bombeiro, celebrado a 04 de Maio, visa reconhecer o trabalho dos profissionais que dedicam suas vidas à proteção das populações, prestação de cuidados e serviços de apoio.