Ilha da Brava: Comunidade de Furna retrata vida e história dos emigrantes na festa de Conakry

Várias actividades desportivas, culturais e recreativas estão sendo realizadas na zona de Furna, ilha Brava, para comemorar o dia da festa de Conakry, que se celebra este domingo, nesta zona.

Aug 12, 2018 - 10:09
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Ilha da Brava: Comunidade de Furna retrata vida e história dos emigrantes na festa de Conakry

Várias actividades desportivas, culturais e recreativas estão sendo realizadas na zona de Furna, ilha Brava, para comemorar o dia da festa de Conakry, que se celebra este domingo, nesta zona.

Cármen Fernandes, membro da comissão organizadora do evento, explicou à Inforpress que esta festa “já é celebrada há vários anos e é uma brincadeira que retrata a emigração”.

“Temos um barco de pedra, construída há muito tempo, e no segundo domingo de Agosto, várias pessoas vestem-se de tripulantes, marinheiros e emigrantes para brincarem nesta embarcação”, adiantou.

Com esta “brincadeira”, segundo Cármen, faz-se a simulação daquilo que é a vida do emigrante e o “grande dilema do povo cabo-verdiano: O querer ficar e ter que partir”.

“O dia de hoje, iniciará com a celebração eucarística, pois, é festejada nesta mesma localidade a Santa Helena. Depois, seguem-se as actividades na embarcação”, seguido do almoço e um desfile tradicional, “tipo o de tabanca”, mas de acordo com a organizadora, “é um desfile de tambor e coladeiras”.

“Neste dia recebemos as coladeiras de quase todas as localidades da ilha Brava”, disse a festeira, sublinhando que “cada zona tem o seu estilo e ritmo de toca e de colá”.

“E é na festa de Conakry aqui na Furna que encontramos a oportunidade de realizar um intercâmbio entre as coladeiras e tamboreiros”, afirmou Cármen Fernandes.

Antecedendo esta festa, a comunidade de Furna já realizou torneios de futsal feminino e masculino, basquetebol, feira gastronómica, atletismo, corrida de botes, natação, entre outras actividades que culminarão neste domingo.

Cármen Fernandes recordou que o objectivo “é não deixar a tradição morrer”, na medida em são “brincadeiras que marcaram e marcam a nossa sociedade”.

Tanto é que, “na organização, assim como nas actividades, temos a participação de pessoas de todas as idades e é uma festa que contamos com muitos emigrantes de Furna”, finaliza a organizadora.