Indignação cresce por causa do isolamento e falta de resposta levantam acusações de "Crime"

"Isto é crime. Até parece que nós não pertencemos a Cabo Verde", desabafa Carlos Spinola, um conhecido activista social residente em Pawtucket, EUA, refletindo o sentimento de exclusão que muitos bravenses, tanto residentes como emigrantes, sentem. A falta de ligações marítimas fiáveis tem sido um problema persistente, afectando a vida quotidiana dos residentes e limitando o seu acesso a oportunidades e serviços básicos.

As críticas intensificaram-se após a resposta das autoridades a comentários anteriores sobre a questão dos transportes. "Há bem pouco tempo andei a comentar sobre a questão de transporte, eles responderam como se eu estivesse equivocado. Como estava garantido duas vezes por semana, no mínimo e dormidas na Furna", recorda Carlos Spinola, referindo-se à garantia de ligações marítimas regulares e à pernoita no porto da Furna.

No entanto, a realidade no terreno contraria as garantias oficiais. "Ali está bom exemplo de mau exemplo", afirma o Spinola, referindo-se ao caso da jovem candidata e à incapacidade de cumprir os compromissos assumidos.

A situação na Brava levanta questões sobre a eficácia das políticas de transportes marítimos e a prioridade dada às ilhas mais periféricas. A falta de resposta adequada às preocupações dos residentes alimenta a percepção de que a ilha está a ser negligenciada e que os seus direitos estão a ser violados.

A crescente indignação na Brava exige uma resposta urgente e eficaz por parte das autoridades. É imperativo que se tomem medidas para garantir ligações marítimas fiáveis e regulares, que permitam aos residentes da Brava exercerem os seus direitos e acederem às mesmas oportunidades que os restantes cidadãos de Cabo Verde.