João José Delgado, Deputado do MpD, critica gestão autocrática da Câmara Municipal da Brava e profetiza futuro “paralítico” para o município

Na sua postagem, o deputado do MpD afirmou que a postura da Câmara Municipal tem sido autoritária, comprometendo o desenvolvimento da Brava. Ele sugeriu que, com a actual administração municipal, Brava se encaminha para futuro "paralitico", onde as decisões políticas e administrativas não estariam a servir os melhores interesses da população.

O deputado vai mais longe, ao afirmar que o seu partido, que tem maioria na Assembleia Municipal presidida por Ivone Cardoso, não hesitará em chumbar documentos importantes relacionados à gestão da Câmara Municipal da Brava, caso não haja uma mudança na abordagem de governança. O deputado do MpD destacou que o partido não aceitará a aprovação de documentos que considerem não estar em conformidade com as expectativas da população, principalmente no que diz respeito à transparência e à boa gestão dos recursos públicos.

A ameaça de chumbo aos documentos de gestão da Câmara Municipal reflete e sintetiza a opinião que este Deputado em particular vem tendo desde 1 de Dezembro, data da eleição.

Contactado, dois deputados do MpD, dizem não concordar com a postura do colega e que aguardam pacientemente pela apresentação dos documentos de gestão da edilidade para depois decidirem a orientação dos votos.

A Brava tem sido palco de intensos debates e disputas políticas nos últimos tempos, refletindo a divisão entre as duas principais forças políticas da ilha. De um lado, o MpD, que agora tem a maioria na Assembleia Municipal, e do outro, o PAICV, que comanda a Câmara Municipal. A presidência da Câmara Municipal por Amândio Brito tem procurado abrir espaços para diálogo e comprometimento, a bem da Brava.

A Assembleia Municipal, presidida por Ivone Cardoso (MpD), deve exercer o um papel de fiscalização e controlo das acções da Câmara Municipal, cumprindo o primado da lei. A crítica de João José Delgado à gestão do PAICV reflete, segundo alguns, uma posição isolada de um deputado, atitude que não ajuda na melhoria da gestão municipal e nem  na melhoria da vida dos bravenses.

Se a ameaça de chumbo aos documentos de gestão for concretizada, pois a diferença de deputados entre as bancadas é mínima, poderá haver um agravamento da crise política na Brava, com possíveis consequências para o povo. O impasse poderá comprometer a aprovação de projetos e investimentos essenciais para o desenvolvimento da Brava, prejudicando diretamente a população, que depende de uma gestão eficaz e colaborativa para alcançar melhorias nas áreas de infraestrutura, saúde e educação.

Em resposta às críticas, a Câmara Municipal da Brava, liderada por Amandio Brito, ainda não se pronunciou oficialmente, mas espera-se que o debate continue nos próximos dias, à medida que a Assembleia Municipal se prepara para votar novos documentos de gestão para 2025

A crise política na Brava reflete uma tensão crescente entre o MpD e o PAICV, 

Com as críticas de João José Delgado à gestão da Câmara Municipal da Brava e a ameaça de chumbo dos documentos de gestão, a população da Brava se vê no centro de uma disputa política que poderá influenciar diretamente o futuro da ilha. A comunidade bravense, que espera ver melhorias em várias áreas do seu quotidiano, observa com atenção a evolução desta controvérsia, aguardando por soluções concretas que tragam benefícios reais para a sua vida.