José Maria Neves aconselha estrangeiros a não interferirem nos assuntos internos do país

Jan 7, 2016 - 13:24
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José Maria Neves aconselha estrangeiros a não interferirem nos assuntos internos do país

[b]Praia – 7 de Janeiro –[/b] O primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves afirmou que deve-se aconselhar aos “funcionários estrangeiros residentes no país a se absterem de comentar, muitas vezes de modo paternalista e inapropriado, e de imiscuir nos assuntos internos, máxime nos político-eleitorais”.

Numa publicação na sua página do Facebook, o líder do Executivo começa por defender um “sentido de Estado, responsabilidade e elevação pedagógica de todos os agentes políticos e órgãos de soberania na gestão deste período eleitoral, quando os nervos estão, geralmente, à flor da pele”.

José Maria Neves aproveitou ainda para informar que o “sistema eleitoral cabo-verdiano, sob a direção superior da Comissão Nacional de Eleições, converge técnica e normativamente com a maioria dos países da União Europeia e tem permitido eleições livres e transparentes”.

Como exemplo, Neves relembra as eleições de “Ulisses Correia e Silva, em 2008 e 2012, ao cargo de Presidente da Câmara Municipal da Praia, e a de Jorge Carlos Fonseca a Presidente da República, em 2011”.

“Não se pode, nesta altura, sob pena de descredibilizar e fragilizar as instituições da República, levantar suspeitas e por em crise o atual sistema, resultado de amplo consenso”, diz o primeiro-ministro quem relembra que “Cabo Verde é um Estado de Direito Democrático e um país credível na arena internacional”.

Esta declaração de José Maria Neves surge depois de, durante a manhã desta quarta-feira, uma delegação composta por chefes das missões diplomáticas de Espanha, França, Luxemburgo e Portugal, liderados pelo representante da União Europeia em Cabo Verde, José Manuel Pinto Teixeira, se terem reunido, na Praia, com o líder do Movimento para a Democracia (MpD), maior partido da oposição.

No final da reunião, em declarações aos jornalistas, o representante da UE disse esperar que “um país como Cabo Verde, de rendimento médio, que tem uma parceria especial com a União Europeia baseada numa partilha de valores, disponibilize os fundos necessários para a preparação dos processos eleitorais” de 2016.

Ocean Press – Redação