JOSÉ TEIXEIRA, EMBAIXADOR DA UNIÃO EUROPEIA EM CABO VERDE VISITA A BRAVA
Nova Sintra, 16 de Junho de 2016 – José Teixeira considerou de bastante positivo a sua visita á Brava depois de se inteirar de algumas melhorias que foram feitas “bastante positivo. Tive a ocasião de verificar algumas melhorias que foram introduzidas e de infra-estruturas que foram feitas sobretudo aqui na Cidade de Nova Sintra…. A praça, mais algumas unidades hoteleiras, restaurantes e o Mercado Municipal que realmente veio dar condições de trabalho para quem vive do comércio de alimentos, mas também, para aqueles que vivem de outras actividades comerciais, mas também veio dar melhores condições de higiene aos clientes”.
Ainda durante a sua estada na Brava, José Teixeira confidenciou ter visitado e conhecido mais profundamente a Ilha “tive também a oportunidade de conhecer mais profundamente a ilha embora já tenha vindo mais vezes, mas há sempre mais qualquer coisa a ser descoberto, porque as visitas são sempre relativamente curtas. Com o Presidente da Câmara Municipal da Brava, Comandante Balla tive a oportunidade de visitar vários locais, como Furna, Nossa Senhora do Monte, Faja d’água e dar uma volta a toda a ilha”.
“Visitei lugares paradisíacos pouco acessíveis. Por um lado é bom porque há muito tipo de turismo que procura lugares inacessíveis. E penso justamente que cá na Brava há que haver um esforço de sensibilização das comunidades, de todos os actores envolvidos na cadeia do turismo, uma actividade transversal para que se possa ir pondo a Ilha no mapa do Turismo”, atestou o Embaixador da União Europeia.
Atento a situação da Brava quanto a saída das suas gentes (emigração essencialmente), Teixeira assevera “a Ilha tem cinco mil habitantes, tem sido vítima da ‘fuga’ dos seus cidadãos por falta de oportunidades. Sabemos que a Brava já teve perto de 20 mil habitantes no passado, já teve alguns sectores como a agricultura por exemplo com alguma importância e penso que a partir do turismo se pode ir criando oportunidades para rendimento, geração de rendimentos, geração de empregos para essas pessoas”.
Falando em Turismo para a Ilha, Teixeira tem o seguinte entendimento “para o Turismo na Ilha não seriam necessário um grande número de turistas porque justamente com cinco mil habitantes, qualquer coisa como 15 mil turistas por ano já seria um número muito razoável a curto prazo, embora com perspectiva de crescimento”.
Relembra o nosso entrevistado que “não se trata de um turismo de massa. Obviamente o ‘all-inclusive’ não se adapta as características da Brava, mas um turismo com menor quantidade, que traz muito mais dinheiro, digamos assim”.
Quanto a acessibilidade para a Ilha, Teixeira não tem dúvidas, frisando “obviamente que é preciso ter mais frequência de barco, mas também não é um factor que se deve usar como desculpa para ir adiando tudo aquilo que se deve fazer”.
A pareceria com a União Europeia também foi tema de conversa e José Teixeira foi contundente em afirmar “penso que a parceria existe há muito tempo e estou certo que continuará a existir”.
Em pleno Mês de Junho e com coincidir com as Festas do Município e de “Nho Sandjon” o Embaixador da União Europeia em Cabo Verde deixou uma mensagem aos Bravenses “em primeiro lugar manifesto a minha pena em não puder participar mais uma vez, pese embora já tenha sido convidado várias vezes… mas a incompatibilidade com o calendário… (risos), mas, desejo que seja um momento de festa e alegria para todos, que usem também essas festas como factor de preservar a autenticidade cultural da Brava, factor também do interesse dos turistas que cá visitam”.
O Embaixador da União Europeia partiu hoje quinta-feira para a Ilha do Fogo, depois de 48 horas de estada na Ilha das Flores.
Correspondente: João Paulo Gomes Rocha da Silva (jpdibrava@sapo.cv)