Kaka Barbosa fala do amigo e "pai" Jose Domingos

Caros Amigos e Amigas Acabo de tomar conhecimento da morte de um grande amigo, (meu segundo Pai) José Domingos - Djow - na ilha Brava. Estou deveras chocado com a noticia da sua morte. Tinha programado estar com ele uns dias em sua casa - Castelo - em Fevereiro. Foi-se o programa.

Jan 5, 2019 - 15:13
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Kaka Barbosa fala do amigo e "pai" Jose Domingos

Caros Amigos e Amigas
Acabo de tomar conhecimento da morte de um grande amigo, (meu segundo Pai) José Domingos - Djow - na ilha Brava. Estou deveras chocado com a noticia da sua morte. Tinha programado estar com ele uns dias em sua casa - Castelo - em Fevereiro. Foi-se o programa. José Domingos, um grande Senhor, belíssimo homem, um Pai. Enquanto Deputado pela Ilha Brava, sentamo-nos juntos na VI Legislatura. Partilhamos momentos ímpares na Casa Parlamentar. No Gabinete dele passávamos horas a conversar e a discutir certas ideias politicas, trocando experiencias, com este que foi veterano da guerra do Vietnam, um bravense inquestionável, um espirito que não tolerava injustiças e sofrimento dos outros. Ele José Domingos, dizia-me: Tenho a minha reforma dos Estados Unidos. O vencimento de Deputado é para ajudar os bravenses que andam a estudar na Praia. Assim fazia. Ao seu gabinete iam jovens da Brava, todos os meses, ter do Djow - Deputado, para receberem e mesada. Foram vários anos de amizade. Contou-me situações por que passou na vida e no exercício da sua profissão de Capitão da Marinha Mercante Estadunidense, os mares, as terras, os lugares que visitou e detalhes da sua estadia. José Domingos era um homem BOM. Um homem experiente, um expert que construiu com as próprias mãos o Yacht em que viajou dos Estados Unidos - New Bedford para Cabo Verde, Brava, localizadamente. Oxalá os amigos bravenses que tomavam conta dele saibam honrar a figura incontornável deste gentleman, saibam proteger e guardar com seriedade os bens dele até que venha a família para tomar conta dos seus pertences. A minha alma esta destroçada. Sinto-me culpado por não o ter visto pela última vez com vida. Paz à alma deste virtuoso músico e interprete de uma voz poderosa, deste soldado da bem-querença, da justiça e da fraternidade. Adeus, Djow. Vou ficando, até chegar o dia de me ausentar também, para contigo conviver na luz supernal, residencia dos grandes espíritos. Minhas condescendências à família, aos amigos e à sua Djabraba onde construiu o seu castelo inacabado.