lha Brava: Encarregados de educação dos alunos do pré-escolar de Fajã D´Água preocupados com decisões da Câmara
Os pais e encarregados de educação dos alunos do pré-escolar da localidade de Fajã D´Água estão apreensivos com às decisões a serem tomadas pela Câmara Municipal da Brava, sobre o funcionamento do jardim infantil nesta zona.
Os pais e encarregados de educação dos alunos do pré-escolar da localidade de Fajã D´Água estão apreensivos com às decisões a serem tomadas pela Câmara Municipal da Brava, sobre o funcionamento do jardim infantil nesta zona.
É que conforme contou Sónia Andrade, mãe de uma criança e representante dos pais dos alunos que frequentam o jardim nesta zona, este ano o número de crianças tanto no pré-escolar como no ensino básico, segundo informações das entidades responsáveis na ilha, “não justificam” a abertura da escola, onde funcionavam.
“Os do ensino básico, mesmo depois de um braço de ferro entre pais e a delegação escolar, deslocam-se todos os dias, num percurso de 8 km, para assistirem às aulas em Cova Rodela ou na Vila de Nova Sintra e depois regressam de novo para casa”, contou Sónia Andrade, adiantando que, “pelo andar da carruagem, os alunos do pré-escolar que são nove, também deverão frequentar o jardim este ano na Vila de Nova Sintra”.
O jardim tem funcionando mesmo assim, com a monitora que sai todos os dias de Nova Sintra para a zona, de forma a evitar que os alunos fiquem atrasados.
As aulas decorrem normalmente, mas, a cantina escolar “não tem funcionado”, ou seja, em todos os jardins infantis e as escolas do ensino básico, pertencentes ao Estado, têm uma refeição quente para os alunos, mas neste jardim desde que o ano lectivo iniciou, “nunca tiveram almoço”.
Além da preocupação destes pais em colocar os filhos a percorrerem toda esta distância, o horário também, segundo esta mãe, “é muito complicado”.
“Imagine, acordar uma criança de 3 aos 5 anos 06:00, para mais tardar 07:10 apanharem o transporte, ao chegarem na Vila de Nova Sintra, o jardim ainda encontra-se fechado. A questão é: onde é que as crianças vão ficar quando chegarem e ao saírem até a hora do transporte? Na rua? Quem tomará conta delas?”, questionam estes encarregados de educação.
Mesmo a monitora, Soraia Silva, disse que está “preocupada” com a situação destas crianças e prefere deslocar-se todos os dias a esta zona do que serem os alunos a fazerem este percurso.
Contactado pela Inforpress, o vereador da Educação, Juventude e Desporto, Mário Soares, tranquilizou os pais, adiantando que, “mesmo que por lei, é preciso ter 10 alunos para que o pré-escolar possa funcionar, as crianças poderão frequentar o jardim na zona, com um funcionamento normal”.