Líder do PAICV no debate sobre Estado da Nação: «Assistimos a um refogado de promessas eleitorais»
Líder do PAICV no debate sobre Estado da Nação: «Assistimos a um refogado de promessas eleitorais»
Líder do PAICV no debate sobre Estado da Nação: «Assistimos a um refogado de promessas eleitorais»
Janira Hopffer Almada fundamenta que, consciente das suas dificuldades e da falta de resultados para apresentar ao País, o Primeiro-ministro opta pela via mais fácil, que é o de continuar a responsabilizar o anterior Governo por tudo o que de mal está a acontecer e a colher os louros de tudo o que encontrou e que esteja a dar resultados. «Por detrás desta atitude há uma confissão de impotência, de incapacidade, de embaraço, de desnorte e de falta de resultados palpáveis para apresentar à Nação».
A líder do maior partido da posição salienta que o governo não se responsabiliza por nada e vem orquestrando perseguição a actores políticos para impedir críticas ao seu governo. ‘Para suportar e dar conteúdo ao seu discurso, o Senhor Primeiro-Ministro orquestra e desencadeia uma ampla campanha de perseguição para, por um lado, condicionar os actores políticos e impedir que haja críticas ao seu desgoverno e, por outro lado, animar a “malta” do Partido Ventoinha que, quase que em permanente revolução, quer eliminar o outro, intimidar e silenciar a Oposição, e se tornar voz única em plena democracia pluripartidária».
Diante de tudo isso, JAH conclui que o balanço sobre o estado da Nação e da governação é fraca. «O balanço deste Governo é francamente fraco! O Governo prometeu muito, mas faz pouco, muito pouco! Tem muita conversa, mas pouca acção visível e concreta, que é o que os cabo-verdianos esperam!».
Alerta a presidente do PAICV que não se vislumbra, até hoje, nada de bem significativo que possa ser creditado a este Governo. «Um Governo que demonstra que não ter visão! Um Governo sem pensamento estratégico, sem uma agenda coerente para o desenvolvimento do país e, logo, incapaz de propor um rumo para Cabo Verde. Assistimos a uma gestão do país marcada pelo improviso, pelo voluntarismo e mesmo pelo amadorismo», referiu.
Janira Hopffer Almada lembra que o Primeiro-ministro encontrou um país - uma vez ultrapassados os efeitos perversos da crise internacional - com uma economia em franca retoma de crescimento económico com taxas de crescimento de 3.7% (no IV Trimestre de 2015) e de 5,8%, (no I trimestre de 2016), ou seja, os dois últimos trimestres que precederam as eleições. « Foi esta dinâmica - e não nenhuma acção do seu Governo, que ninguém viu aliás - que sustentou o crescimento em 2016. E, para provar a incapacidade do seu Governo, as previsões para 2017 apontam para um abrandamento do crescimento económico», referiu, entre outros aspectos, a presidente do PAICV no seu discurso sobre o estado da Nação (Ver rubrica Registos deste jornal).