MINHAS MEMORIAS, MARCAS DE UM PROJETO TRANSFORMADOR
Em 2000 ganhamos as eleições Autárquicas na Brava e assumimos a Câmara Municipal. Um dos temas centrais do primeiro Encontro da nossa equipa executiva foi a DISTRIBUIÇÃO DOS PELOUROS AOS VEREADORES e, no debate de ideias, coube a mim o PELOURO DA EDUCAÇÃO, CULTURA, EMIGRAÇÃO e ABORDAGEM GÉNERO.
Em 2000 ganhamos as eleições Autárquicas na Brava e assumimos a Câmara Municipal. Um dos temas centrais do primeiro Encontro da nossa equipa executiva foi a DISTRIBUIÇÃO DOS PELOUROS AOS VEREADORES e, no debate de ideias, coube a mim o PELOURO DA EDUCAÇÃO, CULTURA, EMIGRAÇÃO e ABORDAGEM GÉNERO. Com duas das quatro áreas do Pelouro assumido eu tinha muita familiaridade: a EDUCAÇÃO, sendo meu ramo profissional, e a CULTURA, pelo meu percurso de vida como “ativista cultural” desde 1975. Com as duas restantes, algum domínio de informações relevantes. contudo não é minha intenção vir aqui falar do meu desempenho como vereador. Tal, se Deus me permitir vida e saúde, poderá vir a ser matéria duma compilação que estou trabalhando aos poucos sobre “meu percurso de vida”. O que quero na verdade é, para além de todos os PROJETOS IMPORTANTES QUE REALIZAMOS EM PROL DO DESENVOLVIMENTO E TRANSFORMAÇÃO DA BRAVA, como os da construção de espaços desportivos, do desencravamento de várias comunidades, da electrificação e da ligação de água nos domícilios e muitos outros, deixar algumas memórias DO PROJETO DE TRANSFORMAÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL NA BRAVA. Algumas razões:
o PORQUE TÍNHAMOS “UM CAMPO CONCRETO DE TRABALHO”: A Câmara Municipal da Brava comportava, na altura, um número de nove dos onze Jardins Infantis, fazendo parte da REDE DE JARDINS INFANTIS DA BRAVA, apresentando-se tal cenário “um terreno bem dimensionado, a partida, para intervenção”;
o PORQUE ENCONTRAMOS DESAFIOS GRANDES PARA VENCER: um cenário de muita precariedade no funcionamento dos Jardins Infantis como espaços para práticas pedagógicas, cenário esse comprovado após o trabalho de diagnóstico realizado, logo no início do nossos mandato em estreita parceria com o Setor da Educação na Ilha, para “percepção do seu real estado de funcionamento”, com resultados ditando profunda e urgente transformação;
o PORQUE CONSEGUIMOS SUPERAR OS DESAFIOS COM ESPÍRITO DE MISSÃO E COM BASE NUM GRANDE TRABALHO COLETIVO – para vencer os desafios foi necessário a mobilização de avultados recursos financeiros, mas também, vontades e esforços de muita gente e as melhores parcerias estratégicas;
o PORQUE O SETOR DE INTERVENÇÃO, A TRANSFORMAÇÃO REALIZADA FOI TRATADA COMO UMA PRIORIDADE PARA A ILHA – investir na Educação é e será sempre um grande investimento. E investir no Pré – Escolar foi nvestir no alicerce da Educação, o espaço garantidor de uma melhor transição de crianças para a escolaridade básica, de maior facilidade na sua socialização, de redução, a longo prazo, da taxa de abandono escolar e da exclusão social, prevenindo-se, assim, uma juventude de delitos;
o PORQUE A OBRA FOI IDEALIZADA E REALIZADA PARA TRANSCENDER GERAÇÕES DE BRAVENSES – os Jardins Infantis nasceram como “espaços vivos de aprendizagem” onde as crianças devem revelar um leque bastante amplo de competências como as de ler, escrever e contar (competências cognitivas) mas tambem as de cooperação, de fazer amizades, de estar entre as outras, de autocontrolo e de autoconfiança (competências de socialização), competências essas decisivas para sua boa integração escolar. Como tal eles vieram para ficar, devendo demandar dos gestores publicos, sobretudo da Câmara Municipal como proprietária, das Equipas de Gestao dos Jardins e das sucessivas gerações de bravense gestos de carinho para a sua preservação, requalificação e valorização.
Lembro-me, como se fosse hoje, desse grande trabalho. Lembro-me da fase de montagem dos projetos, do intenso trabalho de mobilização de parceiros para financiamento dos projetos e da mão-de-obra para assumir a execução de obras, dos montantes mobilizados e investidos, enfim, de um conjunto de desafios que tivemos que ultrapassar. Mas lembro-me mais ainda dos gestos de voluntariado e atitudes de real cidadania de muitos dos nossos conterrâneos, quer residentes em solo pátrio quer na diâspora. Estou falando dos bravenses que cederam ou venderem terrenos para execução das obras e dos bravenses que intermediaram processos de cedencia e venda dos referidos terrenos. Muita gente ignora ou não dá a devida importância a essa fase do trabalho. Construimos (7) sete Jardins Infantis e foi necessário mobilizar (7) terrenos para sua construção, não possuindo a Câmara Municipal qualquer parcela de terreno para o efeito.
Guardo tambem as melhores lembranças da “fase de compasso de espera para que as obras nascessem”, isto e, de convivio com o cenário de precariedade. A “minha alma de professor”, os Serviços de Educação como moderadores do sistema educativo na Ilha, profissionais do Pré – Escolar, Pais/Encarregados de Educação das crianças, Autoridades Nacionais em matéria de fiscalização (estas, cobravam-nos, na altura, Alvarás para funcionamento dos Jardins), tudo e todos exerciam pressão sobre nós para que as transformações ocorresem o quanto antes. Contudo as circunstâncias, ditavam-nos um compasso de espera. As obras não poderiam nascer de um dia para o outro. E no compasso de espera, o convivio com ricas experiências de labuta e vida em sociedade. Algumas dessas lembranças:
o A grande colaboração dada pela Delegação do Ministério da Educação e da OMCV/Brava na cedência dos primeros mobiliários (mesinhas e cadeiras), para superar as dificuldades encontrads em muitas salinhas de aulas/atividades nos Jardins Infantis, por insuficiência em termos quantitativos, considerando o tamanho de determinadas turmas, ou por inadequação em termos de tamanho, considerando a faixa etaria das crianças matriculadas nos Jardins;
o Do empenho dos trabalhadores da oficina da Câmara Municipal na adaptação dos mobiliários (corte, reciclagem e pintura);
o Dos Profissionais da Educação laborando nas várias Unidades Educativas (Gestores de Pólos Educativos, Directores de Escolas Satelites, Professores, Responsáveis de Cantinas e Cozinheiras do EBI, Pessoal Administrativo de Pólos Educativos) que, dentro de um quadro de parceria estabelecida entre a Câmara Municipal da Brava, ICASE e a Delegação do MED/Brava, facilitaram a administração de refeições quentes em todos os Jardins Infantis. Só com a tal colaboração e parceria foi possivel a introdução efetiva das refeições quentes nos Jardins Infantis, pois não estavamos em condições, sobretudo em termos logisticos, para assumir o projeto;
o Da grande entrega e do profissionalismo da Equipa de Cordenação Pedagógica do Pre-Escolar na busca das melhoes soluções para superar as dificuldades de âmbito pedagógico, na altura, muitas e preocupantes. Os desafios eram grandes e na mesma medida a sua coragem em vencê-los;
o Das Monitoras e Cozinheiras dos Jardins Infantis então!...Nunca esquecerei sua dedicação, brio profissional e, sobretudo, amabilidade. Fazem dos Jardins Infantis seu lar e cantinho de vida e do seu trabalho profissional, a marcação dos primeiros passos na caminhada de nos todos. Foram autênticas guerreiras. Elas foram em todos os momentos e circunstâncias, no referido compasso de espera, a minha força principal.
O trabalho todo envolveu tanta gente, tantos braços, tantas ideias e contribuições a ponto de ficar dificil equilatar o efetivo desempenho da nossa Equipa Camararia, nesse PROJETO DE TRANSFORMAÇÃO. Interessará tal? Acho que não. O Projeto foi executado e com sucesso. Foi uma CONQUISTA DA BRAVA E DE TODOS OS BRAVENSES.
Tenho seguido, nesse quadro de Campanha Eleitoral para as Eleições Autárquicas, Domingo próximo, várias promessas feitas por Partidos Politicos concorrentes ao eleitorado Bravenses, no âmbito das suas Plataformas Eleitorais e, dentre elas todas, tenho colocado mais foco e atenção nas que mexem com o pulsar do Setor da Educação na Ilha. Tavez por dominar melhor a minha área profissional e o tema em abordagem. Concordei com a Linha Estratégica de Intervenção da Equipa do PAICV no Setor. Uns dirão que faço tal consideração porque sou militante do PAICV, por amor a camisola, um fanático por Partidos. Mas não. Faço-a com conhecimento de causa. Estive na Brava, há dois anos atrás, e das conversas que travei com vários colegas de tantas labutas sobre o tema, da observação do estado de degradação de grande parte do patrimonio fisico edificado com muito sacrificio ao longo de anos, estando nesse rol os Jardins Infantis, e foi suficiente para sentir tudo. E a minha concordância justifica-se pelo facto da proposta da Equipa do PAICV centrar-se na trilogia REQUALIFICAÇÃO, VALORIZAÇÃO DE TODO O PATRIMóNIO EDUCATIVO CONSTRUIDO/ CAPACITACAO DE EDUCADORES SOBRETUDO A NIVEL DA PEQUENA INFANCIA/ FORMAÇÃO PARA O EMPREGO, passos que vão na linha de superação de um conjunto de constrangimentos que estão emperrando a marcha de outros tempos no Setor e onde a Câmara Municipal tem grande dominio de intervenção. Uma excelente proposta. Para os que prezam O DESENVOLVIMENTO DO SETOR DA EDUCAÇÃO DEVEM VOTÁ-LA. TRANSFORMAR E NECESSÁRIO PORQUE IR PARA A FRENTE COM OS MESMOS ERROS E DESLIZES E CAMINHAR PARA O ABISMO. E a Equipa Proposta pelo PAICV está talhada para a missao de transformação.
De seguida um CONJUNTO DE IMAGENS RETRATANDO AS PRINCIPAIS MARCAS DO PROJETO DE TRANSFORNAÇÃO