Ministro da Administração Interna: "Erupção pode acontecer nas próximas horas"
Segundo o Ministro da Administração Interna a actividade sísmica na Brava começou a sentir-se ainda durante esta madrugada sendo que dos vários sismos registados dois tiveram epicentro na ilha a cerca de 2Km de profundidade.
A reunião de emergência juntou, para além de Paulo Rocha e Arlindo Lima, os ministros da Defesa, Saúde, Infraestruturas, Agricultura e Ambiente e nela analisou-se qual a forma de actuação das autoridades em caso de se verificar uma erupção vulcânica na Brava.
"Os dados do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica apontam para o intensificar da actividade sísmica na ilha Brava e que caso essa actividade se mantenha poderemos, eventualmente, vir a ter uma erupção nas próximas horas", declarou Paulo Rocha. "Ontem foram registados inúmeros eventos sísmicos de baixa magnitude dos quais dois foram sentidos pela população por volta das 00h18 estando os epicentros localizados dentro da ilha Brava nas encostas entre as localidades de Cova Joana e Benfica", acrescentou.
Tal como ja havia feito Arlindo Lima, presidente da Protecção Civil, também o Ministro da Administração Interna recomendou calma às populações "especialmente à da ilha Brava" e para que esta colabore com a Câmara municipal da Brava e com os serviços da Protecção Civil "que irá manter a população informada sobre o evoluir da situação".
O ministro confirmou igualmente que os cerca de 300 habitantes de Cova Joana e Benfica foram evacuados, ainda que "apenas por precaução".
“Tendo em conta aquilo que são os sucessivos eventos pensamos que seja provável uma erupção”, razão que justifica as medidas de precaução explicou Paulo Rocha. “Importante é que estejamos todos tranquilos mas também que as pessoas estejam orientadas para as instruções que gradualmente o governo e a Protecção Civil irão divulgar”.
Segundo avançou o ministro, durante a manhã de hoje, houve uma reunião entre a Protecção Civil e diversas entidades “de forma a que todos os meios sejam posicionados e estejam preparados e prontos para dar resposta caso a erupção venha a acontecer”.
Questionado sobre se há meios suficientes para fazer face a esta possível erupção o ministro da administração interna reconheceu que “os meios nunca são suficientes. O governo está a tomar medidas no sentido de ter todos os meios possíveis na Brava, e no Fogo também, para podermos acudir caso venha a ser necessário”.
Apesar da recente erupção do vulcão do Fogo, a preocupação das autoridades nacionais centra-se agora apenas na Brava uma vez que foi onde "se verificou um aumento da actividade sismica não perceptível"