Navio Kriola salva vida de criança de 9 anos na Brava
Num momento em que a Cabo Verde Fast Ferry (CVFF) anda nas bocas do mundo por causa do anúncio da sua extinção feito pelo ministro José Gonçalves, eis que nos chega a informação de que o Navio Kriola acaba de salvar uma criança de 9 anos, evacuado de emergência da Delegacia de Saúde da Brava para o Fogo, na madrugada de domingo.
Num momento em que a Cabo Verde Fast Ferry (CVFF) anda nas bocas do mundo por causa do anúncio da sua extinção feito pelo ministro José Gonçalves, eis que nos chega a informação de que o Navio Kriola acaba de salvar uma criança de 9 anos, evacuado de emergência da Delegacia de Saúde da Brava para o Fogo, na madrugada de domingo.
Os médicos garantem que esta evacuação terá sido fundamental para salvar a vida desta criança tendo em conta o quadro agudo de apendicite de que sofria a criança.
Ela foi operada logo nas primeiras horas de domingo e o seu quadro é agora estável, segundo declarações do médico Ivandro Monteiro, responsável pela cirurgia. “Ela já está estável”, frisou o médico.
A médica Cibel Silva, responsável do Centro de Saúde da Brava, recorda que a criança tinha a barriga “inchada e dura o que indicava que a apendicite estaria prestes a arrebentar-se”.
Esta não é a primeira vez que um navio da CVFF faz as vezes de ambulância, sendo frequentes os casos de emergência como este em que o navio esteve na vanguarda para salvar a situação.
Esta é, aliás, uma das razões que levou os donos do projecto a impor, desde o início, que o navio Kriola tivesse como porto base a Furna. Só o comandante Nicolau já esteve envolvido em pelo menos três viagens de emergências desta natureza.
E não tem sido apenas em relação à Brava. “Inclusive, uma vez, evacuamos também um ferido de Santo Antão para São Vicente”, conta o comandante.
Estes incidentes mostram o quanto a ligação marítima entre as ilhas deve ser prioridade, no quadro da correcção das assimetrias regionais e do desenvolvimento equilibrado do país.
Um dos sócios fundadores da companhia, quando contactado por Santiago Magazine, para comentar este caso, disse que “a vida de um ser humano não tem preço”, e chama atenção que “estes episódios servem para nos lembrar que a utilidade e o propósito da CVFF vai muito além do aspecto meramente comercial”.
Santiagomagazine