Nu Kanta pa Moçambique expressa aquilo vem na alma do cabo-verdiano – “Solidariedade”- presidente da CVCV
O presidente da Cruz Vermelha de Cabo Verde (CVCV) considerou que o concerto beneficente “Nu Kant pa Moçambique” encerrado esta manhã no Estádio da Várzea, demonstrou que Cabo Verde soube “expressar aquilo que vem na alma do seu povo, a Solidariedade”.
O presidente da Cruz Vermelha de Cabo Verde (CVCV) considerou que o concerto beneficente “Nu Kant pa Moçambique” encerrado esta manhã no Estádio da Várzea, demonstrou que Cabo Verde soube “expressar aquilo que vem na alma do seu povo, a Solidariedade”.
Depois de uma autêntica maratona musical, iniciada por volta das 23:00 de sábado e que envolveu músicos e artistas de qualidade, temáticas, gerações e ritmos diversos, Arlindo Carvalho afirmou que o concerto se tornou na concretização do “sonho de solidariedade para com a tragédia que se abateu sobre os moçambicanos”.
Arlindo Carvalho enalteceu a forma como uma panóplia de artistas de qualidades diferenciadas e o público se aderiram à iniciativa para transformar uma noite dedicada “especialmente ao povo irmão de Moçambique”, vitimado por “uma desgraça que lhes bateu à porta”, por causa do ciclone Idai e kenneth, que provocaram mais de 600 vítimas e mais de dois milhões de desalojados em Março último.
Para o presidente da CVCV, o concerto beneficente “Nu Kanta Moçambique (Vamos Cantar Moçambique) foi a demonstração que o povo cabo-verdiano soube estar sensibilizado à causa de solidariedade, salientando que esta “mãozinha” foi estendida desde o início do ciclone.
Recordou que juntamente com o Governo cabo-verdiano, a Cruz Vermelha de Cabo Verde alinhou-se desde a primeira hora a esta causa, com o envio de uma missão médica para ajudar os moçambicanos na resolução dos primeiros socorros e que logo de seguida foi lançada uma campanha bancária na qual foi “muito notória a participação de cabo-verdianos anónimos, instituições e entidades”.
Perante a assistência de milhares de festivaleiros que deslocaram a esta infra-esrutura desportiva para juntamente com cerca de três dezenas de músicos dos mais diversos estilos participaram nesta acção social/cultural, Arlindo Carvalho revelou que os armazéns de Cabo Verde e estruturas da Cruz Vermelha a nível nacional abriram as portas, simbolizando o gesto dos cabo-verdianos face à difícil situação dos moçambicanos.
Neste particular, promete que “muito brevemente”, os fardos arrecadados serão envidos a Moçambique, ao mesmo tempo destacou a adesão massiva dos artistas ao espetáculo, de livre e espontânea vontade, sem qualquer caché, para através da música “Cabo Verde expressar aquilo que vem na alma cabo-verdiana – a Solidariedade”.
Por seu turno, o presidente da Cruz Vermelha de Moçambique, Avelino Mondlane, que se deslocou a Cabo Verde, expressamente para participar neste evento de solidariedade, saudou “os patrícios de Cabo Verde, através da Cruz Vermelha”, para em nom do povo moçambicano endereçar palavras de agradecimento ao povo.
Disse que Cabo Verde foi um dos países que respondeu imediatamente à tragédia do ciclone Idai com uma equipa de 12 médicos, e estendeu este agradecimento ao Governo cabo-verdiano e aos músicos pela forma como demonstraram a solidariedade do povo crioulo.
Mindela Sores, Zé Rui de Pina, Solange Cesarovna, Tito paris, Tony Fica, Mito Kaskas, Tranka Fulha, B G Mendes, Lavy, Lippe Monteiro, Beto Dias, Wiliam Araújo, Gil Semedo, Mika Mendes, Polo G são os artistas que se juntaram a sua voz às bandas de suporte, numa noite ainda coroada pela exibição dos agrupamentos os “Bulimundo “e Cordas do Sol.
O director musical deste concerto, o multi-instrumentista Manel de Candinho, destacou a qualidade dos artistas e o civismo do público como o grande sucesso deste evento, cujos bilhetes de ingresso foram vencidos ao preço de 800 escudos e 1000 escudos, para os dois primeiros lotes e de 2000 para a área VIP.
SR/FP
Inforpress/Fim