“O dinheiro não existe para dar a ninguém” – Olavo Correia
A inforpress o vice-primeiro ministro e ministro das Finanças Olavo Correia, disse hoje que existe dinheiro nos bancos cabo-verdianos, mundiais e nas instituições internacionais, mas não para dar a ninguém e sim para ser canalizado às empresas que criem valores.
A inforpress o vice-primeiro ministro e ministro das Finanças Olavo Correia, disse hoje que existe dinheiro nos bancos cabo-verdianos, mundiais e nas instituições internacionais, mas não para dar a ninguém e sim para ser canalizado às empresas que criem valores.
O governante falava à imprensa após presidir, na cidade da Praia, ao workshop “Promovendo a 5ª Geração de Comunicações Móveis em Cabo Verde” organizado pela Agência Reguladora Multissectorial da Economia (ARME), em parceria com a multinacional Huawei.
“Quando eu afirmei há dias que este país não tem restrições financeiras do ponto de vista de recursos, as pessoas ficaram chocadas, porque não são atentas. O recurso financeiro existe em todo o mundo e vai existir sempre e hoje é cada vez mais barato. As taxas de Europa e mundo estão negativas há mais de três anos”, afirmou Olavo Correia.
Conforme disse o ministro, o dinheiro existe nos bancos cabo-verdianos, nos bancos mundiais e nas instituições internacionais. Entretanto, ressaltou que aquilo que o país precisa é de “gente com ideias”, que querem empreender e têm capacidade de gestão.
O país necessita ainda, de acordo com Olavo Correia de gente que quer inovar para poder aceder a estes recursos, porque, completou, o acesso a recursos não é um acesso facilitado. “Como é evidente, é preciso de gente com capacidade para lá chegar”, frisou.
“O dinheiro não existe para dar a ninguém”, pontuou o ministro, explicando que a banca é das instituições que gerem o dinheiro dos outros e que “esse dinheiro tem que ser gerido com responsabilidade”.
Como explicou Olavo Correia, uma pessoa quando coloca o seu depósito no banco, põe 10, por exemplo, e é com esse 10 que a banca dá crédito a outra pessoa. Entretanto, prosseguiu, cada vez que a primeira pessoa for lá buscar o seu dinheiro o banco tem de ter lá o seu 10 disponível.
O dinheiro, segundo o ministro, existe para ser canalizado para as empresas que criem valores.
“Se eu lhe der 10 você tem que dar 20 à comunidade para criar valor. Não é para destruir valor. Há muita gente que pensa que o dinheiro existe para ser destruído, mas não”, prosseguiu Olavo Correia, acrescentando ainda que o dinheiro existe para se criar cada vez mais valor à economia e que, por isso, “é que os projectos têm que ser bem seleccionados”.
A gestão, no ponto de vista do ministro das Finanças, tem de dar as garantias de uma boa estrutura de governança cooperativa, prestar contas, publicar contas e que sejam auditáveis.
“Portanto, é preciso que as empresas reúnam as condições para ter acesso ao dinheiro. Não é só chegar e dizer, preciso de 10 mil contos”, finalizou.
GSF/ZS
Inforpress/Fim