ORGULHO NACIONAL : Morna candidata a património imaterial da UNESCO
Joāo José Nunes O "Discípulo Amado" de Eugénio Tavares. Nascido na Ilha Brava a 12 de Setembro de 1885, filho de António José Nunes e de Amélia Ferro Nunes, viria a falecer nos Estados Unidos em 1965, aos 80 anos.
Joāo José Nunes
O "Discípulo Amado" de Eugénio Tavares. Nascido na Ilha Brava a 12 de Setembro de 1885, filho de António José Nunes e de Amélia Ferro Nunes, viria a falecer nos Estados Unidos em 1965, aos 80 anos.
Poeta romântico, a sua vida foi um culto à Beleza da sua Ilha Brava, da Mulher Crioula e da Alma Caboverdiana. Adverso à corrente modernista, cultivou com crescente devoção a pura poesia clássica, a perfeição da forma e o rigor da métrica sem nunca aderir ao movimento claridoso, em voga na sua época. Cantou a Beleza, o Amor, a mulher, a dor e a saudade. Cultivou a Lingua Portuguesa com rigor e foi mestre em Língua Crioula. Deixou notáveis discursos, algumas peças teatrais, marchas populares e hinos religiosos. Fundou o Jornal a Tribuna, embora de curta vida. Portador de um jornalismo sério e bem acolhido na época, foi colaborador assiduo da Voz de Cabo Verde, o Futuro de Cabo Verde, O Diário Fluminense e Mercantil do Brasil, a Voz da Colónia nos EUA e muitas publicações em Portugal. Preocupado com a formação da juventude bravense, exerceu o professorado e fundou o grémio literário Eugénio Tavares que muito contribuiu para a educação do seu Povo. Vulto da cultura bravense e caboverdiana, a sua obra, espalhada pelo mundo, merecia ser recolhida e divulgada como peça da História da Cultura da Nação Caboverdiana. Ele é de facto na época pós Eugénio Tavares, o maior vulto da poesia bravense e talvez o maior até aos nossos dias.
Fonte: Fundaçāo Eugénio Tavares