Os pais precisam estar presentes na vida escolar dos seus filhos – coordenadora

 A coordenadora da escola Manuel Rodrigues Gomes considerou, na ilha Brava, que os pais precisam estar presentes na vida escolar dos seus filhos, “de uma forma activa”, não se preocupando apenas com a parte material e a alimentação.

Mar 21, 2019 - 03:46
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Os pais precisam estar presentes na vida escolar dos seus filhos – coordenadora

 A coordenadora da escola Manuel Rodrigues Gomes considerou, na ilha Brava, que os pais precisam estar presentes na vida escolar dos seus filhos, “de uma forma activa”, não se preocupando apenas com a parte material e a alimentação.

Vanusa Monteiro, em declarações à Inforpress após um encontro realizado com os pais, com o intuito de celebrar o Dia do Pai.

Segundo a coordenadora, o objectivo foi de reunir os pais e chamar a atenção dos mesmos da situação em que as crianças se encontram em acompanhamento escolar, visto existirem pais que até este momento, desde o início do ano lectivo, não aparecerem na escola para acompanhar os filhos.

“É preciso chamar a atenção dos mesmos, chamá-los a razão, para ver se conseguimos alguma coisa, porque pelo comportamento que estou vendo dos alunos no dia-a-dia, não está sendo fácil” salientou, ajuntando que os professores estão acumulando duas funções, porque, além de instruírem as crianças, desempenham também o papel de pais.

Esta escola, conforme a dirigente, tem cerca de 180 alunos, mas “nem metade dos pais” estiveram presentes no encontro, facto que lamentou, porque tinha a esperança de que o encontro seria diferente e com maior participação, principalmente da parte dos pais dos alunos que mais necessitam de acompanhamento.

O facto de os pais estarem afastado do processo de ensino destas crianças “dificulta e muito o trabalho dos professores”.

Conforme explicou Vanusa Monteiro, os filhos que já sabem que espontaneamente os pais aparecem na escola, comportam-se de uma forma totalmente diferente, mas os que sabem que os pais não apareçam nunca, “nem ligam”.

Ela comparou este comportamento dos pais como sendo os pastores que “durante uma época do ano deixam os seus animais soltos no campo e após um certo tempo vão ver se estão gordos ou se já deram crias” e, no final do ano, caso os filhos não transitarem de classe, os pais aparecem reclamando sem saber o que se passou durante o ano.