Plano de emergência prioriza salvamento de gado com “aposta forte” no controlo de ectoparasitas dos bovinos
A delegação do MAA na Brava vai dar prioridade ao salvamento de gado, com “aposta forte” no controlo de ectoparasitas que afectam o gado bovino, no âmbito do plano de emergência para a mitigação dos efeitos da seca.
A delegação do MAA na Brava vai dar prioridade ao salvamento de gado, com “aposta forte” no controlo de ectoparasitas que afectam o gado bovino, no âmbito do plano de emergência para a mitigação dos efeitos da seca.
O delegado do Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA) disse à Inforpress ter já delineado o plano para a mitigação da seca e os efeitos do mau ano agrícola na ilha Brava, e que estão determinadas as verbas, por tarefas, visando o salvamento de gado, a gestão de escassez de água e a criação de postos de trabalho.
Estevão Fonseca informou que o plano foi elaborado em parceria com as associações comunitárias, a autarquia e os serviços Aguabrava (Empresa Intermunicipal de Águas do Fogo e da Brava).
Alertou, entretanto, que “se não for resolvida a tempo a questão dos carrapatos junto do gado bovino, de nada ou muito pouco vai servir qualquer compensação”, mesmo no caso dos alimentos e compostos para animais.
Em relação à criação de postos de trabalho, fez saber que a delegação já tem identificadas as zonas onde os diques se encontram soterrados e reservatórios deteriorados, a construção de caminhos vicinais, bem como o apoio às comunidades com vocação para a pesca, tendente a reforçar a segurança alimentar.
A Brava conta com três bacias hidrográficas que abrangem as localidades de Fajã d’Água, Sorno e Ferreiros, sendo a desta última possuidora de maior disponibilidade hídrica por conta de uma nascente que drena diariamente cerca de 320 metros cúbicos de água para a agricultura e abastecimento da população de Lomba e Palhal.
O problema de abastecimento de água que a população desta localidade vinha enfrentando, segundo o delegado do MAA, já está ultrapassado, ainda que o povoado não esteja coberto pela empresa intermunicipal Águabrava.
A distribuição da água é suportada pela delegação do MAA, que tem vindo a colaborar no abastecimento às duas comunidades piscatórias, mediante um financiamento através do Programa de Promoção de Oportunidades Socioeconómicas Rurais (Poser), cuja execução ronda os 90 por cento.
Quanto à água para a agricultura, Estevão Fonseca avançou que Fajã d’Agua conta com a nascente de Encontro, que abastece em 90 por cento a ilha Brava para as necessidades básicas e económicas de cerca 5600 pessoas.
Dada a falta de carregamento por falta da chuva, o caudal está abaixo das necessidades, pelo que, segundo avançou Estêvão Fonseca, o Governo estabeleceu como prioridade a mobilização da água através do processo de dessalinização.
Neste momento, a localidade já recebeu duas missões técnicas, tendo sido já elaborado o termo de referência com vista a vinda de uma equipa de consultores à Brava para “trabalhar, rapidamente”, o dossiê dessalinização.
SR/CP
Inforpress/Fim