PM e estado da Nação: Economia está a crescer, com a confiança em alta, o desemprego a diminuir
O Primeiro-ministro considerou hoje,26, que o país “está no rumo certo” com a sua economia a crescer a um ritmo superior à dívida pública, com impacto no rendimento das famílias e que conheceu um crescimento acelerado no primeiro semestre.
O Primeiro-ministro considerou hoje,26, que o país “está no rumo certo” com a sua economia a crescer a um ritmo superior à dívida pública, com impacto no rendimento das famílias e que conheceu um crescimento acelerado no primeiro semestre.
No seu discurso de abertura do debate sobre o estado da Nação, Ulisses Correia e Silva disse que o seu executivo reconhece o que de menos bom ainda prevalece na sociedade cabo-verdiana, “mas, com convicção que junto há ainda muito por fazer com confiança” de que o “país pode sair da longa fase de sobrevivência e alcançar o desenvolvimento”.
“A nação está confiante. O país está a progredir. A economia está a crescer, com a confiança em alta, o desemprego a diminuir, o rendimento das famílias a aumentar, o investimento privado a aumentar”, asseverou Ulisses Correia e Silva para quem são factos que retratam uma evolução positiva do país e projectam tendências positivas para os próximos anos.
Nesta linha, compromete-se em fazer de Cabo Verde uma economia de circulação no Atlântico Médio, garantir a sustentabilidade económica, social e ambiental, assegurar a inclusão social e a redução das desigualdades e assimetrias, reforçar a soberania, valorizar a democracia e orientar as políticas externa e interna de forma a vencer os desafios do desenvolvimento do país.
A este propósito, o chefe do Governo considera que os maiores activos do país (aberto ao mundo e cosmopolita, com uma vasta diáspora nos vários cantos do mundo, um país seguro, de baixos riscos políticos, sociais e sanitários) devem ser valorizados de forma estratégica e com suporte na inserção no “sistema económico mundial e no concerto das nações com importantes vantagens comparativas”.
“Não podemos ignorar que, num contexto interno difícil, marcado por uma seca severa que afectou fortemente a produção agrícola e o rendimento nas zonas rurais e num contexto de saída de uma longa estagnação económica, a economia cresceu 3,9% em 2017, em linha com a tendência crescente de 4,7% registada em 2016”, observou.
Ulisses Correia e Silva afirmou mesmo que “não fossem os efeitos da seca que reduziu em 22% a produção agrícola, a maior queda desde 1982, o país teria atingido, em 2017, um crescimento próximo dos 7% e a redução do desemprego seria mais acentuada”.
No computo geral, o primeiro-ministro destacou um conjunto de medidas de políticas que, estão a ser implementadas e em curso, com vista a ter impacto no rendimento das famílias e na inclusão social dos mais vulneráveis, com “forte impacto” nas áreas da educação, saúde, segurança, juventude, desenvolvimento local e regional.
Enumerou medidas como o rendimento social de inclusão, associado a um programa de inclusão produtiva, o plano nacional de cuidados que garante o acesso de indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade a serviços de cuidados, a aprovação das taxas sociais de água e eletricidade, e Implementação do projecto Bolsa Cultura.
A universalização do acesso ao sistema educativo, evacuações de doentes do regime não contributivo, aumento do salário mínimo nacional de 11 mil escudos para 13 mil escudos, implementação do subsídio de desemprego, aumento do valor da pensão social mínima, a partir de Janeiro de 2019, e aumento do valor da pensão do fundo de solidariedade das comunidades, são outras medidas.
Estas medidas foram apresentadas pelo chefe do Governo, como “estruturantes e orientadas para eliminar a pobreza extrema e reduzir a pobreza relativa”.
Ulisses Correia e Silva aproveitou a ocasião para manifestar a sua preocupação com ao incêndio de grandes proporções que deflagrou hoje no Planalto Leste, na ilha de Santo Antão, e que já levou a evacuação de famílias e corte de estradas. Fonte: Inforpress