PORTO SANTO TORNA-SE NA PRIMEIRA “ILHA INTELIGENTE” DO MUNDO
O projeto “Porto Santo Sustentável – Smart Fossil Free Island” vai tornar Porto Santo, arquipélago da Madeira, na primeira “ilha inteligente” do mundo. O objetivo é criar uma solução de mobilidade sustentável a partir do desenvolvimento de um ecossistema elétrico.
O projeto “Porto Santo Sustentável – Smart Fossil Free Island” vai tornar Porto Santo, arquipélago da Madeira, na primeira “ilha inteligente” do mundo. O objetivo é criar uma solução de mobilidade sustentável a partir do desenvolvimento de um ecossistema elétrico.
A iniciativa, que junta o Governo Regional da Madeira, a EEM – Empresa de Eletricidade da Madeira e a Renault, foi apresentada em Lisboa no dia 11 de abril.
Os eixos que constituem este projeto são vários e incluem a energia e mobilidades sustentáveis, considerados “prioritários” pelo presidente do Conselho de Administração da EEM, Rui Rebelo. Este ecossistema elétrico inteligente que será criado em Porto Santo vai ser baseado em quatro pilares fundamentais: veículos elétricos, armazenamento estático de energia, carregamentos inteligentes e a reversão do carregamento (vehicle-to-grid – V2G).
Na primeira fase do “Smart Fossil Free Island” vão ser entregues 20 viaturas elétricas, nomeadamente os modelos ZOE (14 viaturas) e Kangoo Z.E. (disponibilizados seis) da Renault. Haverá um concurso e empresas públicas e privadas, bem como o cidadão individual podem candidatar-se. Ao longo de um ano, as viaturas são cedidas de forma gratuita. Findo esse período, haverá possibilidade de aquisição dos carros elétricos.
Carregamento inteligente
Paralelamente, serão implementados 40 postos de carregamento, “dois por cada viatura, um no posto de trabalho e outro na residência”, pormenorizou Rui Rebelo.
Neste projeto, a Renault estará a testar o smartcharging (carregamento inteligente) que modula o carregamento do veículo em função das necessidades do utilizador e da oferta de eletricidade disponível na rede. O carregamento efetua-se à máxima potência quando a disponibilidade de eletricidade é superior às necessidades, por exemplo, nos picos de produção das fontes renováveis. O carregamento é interrompido se a procura de eletricidade for superior à oferta disponível na rede. Estes procedimentos permitem assim otimizar o aproveitamento da produção de eletricidade oriunda de fontes renováveis locais.
Dar energia à rede
Alia-se ainda nesta iniciativa um sistema de reutilização de baterias usadas. As baterias, em segunda vida, oriundas de modelos elétricos da Renault, irão armazenar a energia, por definição intermitente, produzida pelas centrais solares e eólicas do Porto Santo. Esta energia armazenada será restituída à rede quando tal for necessário. “Reutilizar essas baterias localmente diminuirá a pegada de carbono”, avançou Eric Feunteun, diretor do Programa de Veículos Elétricos e Novos Negócios do Grupo Renault, que também constatou que “na fase seguinte, será possível efetuar o carregamento bidirecional, que permitirá usar a bateria de dois protótipos ZOE para armazenar e fornecer energia de acordo com as necessidades da rede”. Ou seja, os veículos terão capacidade de injetar eletricidade na rede, nos picos de maior consumo de eletricidade na ilha. As viaturas, servirão, assim, de unidades de armazenamento temporário de energia.
Eric Feunteun disse que o projeto tem “uma escala sem precedentes, com o objetivo de apoiar a transição energética da ilha do Porto Santo para o desenvolvimento de fontes de energia renováveis, solares e eólicas. O objetivo é atingir 80% de energia e mobilidade sem emissões de carbono num futuro muito próximo e, para isso, estão equipas a trabalhar no terreno desde o início do ano, lançando soluções inteligentes de carregamento e armazenamento de energia estacionária e dando uma segunda vida às baterias dos veículos elétricos do Grupo Renault, que já não alimentam os modelos elétricos em atividade”.
Dar energia à rede
Alia-se ainda nesta iniciativa um sistema de reutilização de baterias usadas. As baterias, em segunda vida, oriundas de modelos elétricos da Renault, irão armazenar a energia, por definição intermitente, produzida pelas centrais solares e eólicas do Porto Santo. Esta energia armazenada será restituída à rede quando tal for necessário. “Reutilizar essas baterias localmente diminuirá a pegada de carbono”, avançou Eric Feunteun, diretor do Programa de Veículos Elétricos e Novos Negócios do Grupo Renault, que também constatou que “na fase seguinte, será possível efetuar o carregamento bidirecional, que permitirá usar a bateria de dois protótipos ZOE para armazenar e fornecer energia de acordo com as necessidades da rede”. Ou seja, os veículos terão capacidade de injetar eletricidade na rede, nos picos de maior consumo de eletricidade na ilha. As viaturas, servirão, assim, de unidades de armazenamento temporário de energia.
Eric Feunteun disse que o projeto tem “uma escala sem precedentes, com o objetivo de apoiar a transição energética da ilha do Porto Santo para o desenvolvimento de fontes de energia renováveis, solares e eólicas. O objetivo é atingir 80% de energia e mobilidade sem emissões de carbono num futuro muito próximo e, para isso, estão equipas a trabalhar no terreno desde o início do ano, lançando soluções inteligentes de carregamento e armazenamento de energia estacionária e dando uma segunda vida às baterias dos veículos elétricos do Grupo Renault, que já não alimentam os modelos elétricos em atividade”.
Pedro Calado, vice-presidente do Governo Regional da Madeira, afirmou que “o Governo Regional, definiu uma estratégia geral, alinhada com a Estratégia Europeia para a Política Energética, com objetivos em seis áreas integradas de atuação, tendo para o efeito elaborado este projeto, muito associado a conceitos inovadores e eficientes. Além da melhoria da qualidade ambiental que se preconiza, particularmente ao nível das emissões de gases com efeito de estufa, o conceito Porto Santo Sustentável, que alia a tecnologia à eficiência energética e à sustentabilidade, sendo multissetorial, terá reflexos transversais na economia local, na agricultura, no ambiente, na conservação da natureza, bem como na valorização do turismo sustentável, contribuindo para a criação de valor acrescentado”.
Porto Santo poderá tornar-se um modelo a replicar noutras cidades.