Presidente da Câmara Municipal da Brava sob acusações de nepotismo e favoritismo político

"Bo bu crê spia só pa pessoas qui bu crê ami nada," afirmou Daniela, referindo-se à percepção de que o apoio municipal é concedido apenas a aqueles que estão próximos ao Presidente, seja por “amizade” ou afinidade política. "Nha voto bu tem pamodi bo é só promessa. Casa bu cá dam câmara municipal nunca dam trabalho nem casa nova," completou, expressando sua frustração com a falta de suporte efectivo para a população.

Os moradores da Brava têm reclamado da escassez de recursos e do acesso desigual aos benefícios que a Câmara Municipal deveria proporcionar. Muitos sentem que, enquanto algumas pessoas são priorizadas para receber apoio financeiro e habitação, outros, que não possuem conexões ou alinhamento político, são deixados à margem.

"Requalificação urbana de tchedinha bu sta bai faze, ma nha casa nada e tudu es tempo éra pa bu compraba um terreno pa bu fazeba mi casa bo bu inganan," disse Daniela, referindo-se à falta de iniciativas concretas para resolver problemas habitacionais. A indignação se espalha entre os cidadãos que se sentem enganados por promessas não cumpridas e pela aparente falta de um compromisso verdadeiro em ajudar a comunidade.

Além disso, a situação se agrava com a sensação de que o Presidente está mais preocupado em manter sua base de apoio do que em atender às necessidades da população como um todo. "Será qui te um piquena bu tá ingana? Odja má ficabo pouco pa bu saí," desabafou Daniela, enfatizando a frustração que muitos sentem ao perceberem que, mesmo após décadas de luta, as condições de vida na Brava ainda não melhoraram.

As críticas se estendem por diferentes localidades da ilha, incluindo Furna, Padjal, Mato Grande, Nossa Senhora do Monte, Mato, pau…. Os moradores pedem uma reflexão sobre a maneira como os recursos estão sendo distribuídos e clamam por um maior envolvimento e responsabilidade por parte dos líderes locais.

Diante dessas acusações, espera-se que a Câmara Municipal se pronuncie e que sejam tomadas medidas para garantir que todos os cidadãos tenham acesso igualitário aos benefícios e serviços públicos. A transparência e a inclusão devem ser prioridades para reconstruir a confiança da população nas instituições que deveriam servir a todos, sem discriminação.

MS