Primeiro-minsitro: “É preciso mobilizar a Nação cabo-verdiana para um percurso difícil”
O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, disse hoje, no parlamento, que é preciso mobilizar a Nação cabo-verdiana para um percurso difícil, com a convicção de que 2021 será um ano melhor do que 2020.
O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, disse hoje, no parlamento, que é preciso mobilizar a Nação cabo-verdiana para um percurso difícil, com a convicção de que 2021 será um ano melhor do que 2020.
O chefe do Governo, que falava no arranque do debate sobre o Orçamento do Estado (OE) para 2021, afirmou ainda que o Governo encontra-se “fortemente empenhado e confiante” que irá com este OE reforçar as medidas de protecção que o momento de emergência impõe e a situação de muitas famílias e empresas exigem.
“Mas ao mesmo tempo, temos que construir o pós-covid-19”, prosseguiu o Ulisses Correia e Silva, que mencionou a Agenda Estratégica de Desenvolvimento Sustentável, Ambição Cabo Verde 2030, que aposta “na recuperação e o relançamento da economia” na base de uma estratégia de médio e longo prazo, capaz de tornar o País “mais resiliente, mais competitivo, a crescer, a criar empregos, a exportar, a reduzir a pobreza e as desigualdades sociais”, num contexto mundial diferente.
“Estes são os pressupostos para posicionar Cabo Verde como um interlocutor convincente junto da comunidade internacional e dos seus principais parceiros”, continuou, para a discussão de soluções de “alívio da dívida externa”, que foram impostos pela crise da covid-19, e para libertar recursos para o financiamento de transformações estruturais que o País precisa.
Ulisses Correia e Silva afirmou, igualmente, que estas são condições para a retoma da confiança dos investidores, das empresas e das famílias, guiados por “estratégias claras” orientadas para o médio e o longo prazo.
“É nesse sentido que a primeira prioridade, de curto prazo, é continuar a proteger a saúde, o emprego, o rendimento e as empresas”, frisou Ulisses Correia e Silva, avançando que a segunda prioridade de curto prazo é posicionar Cabo Verde como um destino turístico seguro do ponto de vista sanitário.
“Temos estado a investir forte neste objectivo tendo as ilhas do Sal e da Boa Vista preparadas para receber turistas. Esperamos que aconteça em Dezembro”, assegurou.
A médio e longo prazo, nos próximos cinco a dez anos, e com progressos anuais, as prioridades são, conforme o primeiro-ministro, tornar Cabo Verde um País “mais resiliente, com forte aposta na transição energética” e na estratégia da água para a agricultura.
“Que reduzam a dependência do País dos combustíveis fósseis e aumentem a eficiência, a produtividade e o rendimento dos agricultores e na capacidade de resposta e de financiamento a situações de emergência a nível climático e sanitário”, completou.
Ulisses Correia e Silva acrescentou, ainda neste ponto, o objectivo de construir “o Cabo Verde Digital”, com uma aposta decisiva na aceleração da eficiência do Estado, da melhoria do ambiente de negócios, da qualidade dos serviços, da inovação, do empreendedorismo, da competitividade e da conectividade inter-ilhas e com o resto do mundo.
Ainda a médio e longo prazo, o primeiro-ministro falou em diversificar a economia, apostando num turismo com oferta mais diversificada e com implantação em todas as ilhas, assim como o desenvolvimento da economia marítima e da indústria. A Semana com Inforpress