Programa 20/30 desenvolve projecto Brava Fish na ilha cujo motor de desenvolvimento é a pesca
Paula Silva, animadora territorial do programa Plataforma de Desenvolvimento Local 20/30 afirmou, em declarações à Inforpress, que a pesca é o “motor de desenvolvimento da ilha Brava”, daí a aposta no desenvolvimento do projecto Brava Fish.
Paula Silva, animadora territorial do programa Plataforma de Desenvolvimento Local 20/30 afirmou, em declarações à Inforpress, que a pesca é o “motor de desenvolvimento da ilha Brava”, daí a aposta no desenvolvimento do projecto Brava Fish.
Tendo em conta que um dos objectivos do programa 20/30 é a “utilização” das potencialidades endógenas de cada município, transformando-as em potencialidades de desenvolvimento, a animadora avançou que, na Brava, o “projecto impacto” a ser desenvolvido é o Brava Fish.
Conforme salientou, no início, houve uma discussão em torno do local da implementação do projecto, divididos entre Furna ou Lomba, mas optou-se pela localidade de Lomba.
Brava Fish, de acordo com a mesma fonte, trata-se da “montagem de uma cooperativa de pesca” nesta localidade que vai contribuir não só para o “empoderamento económico” da população, mas também o “empoderamento social”, trabalhando as questões sociais, como a Violência Baseada no Género, o abuso sexual, o consumo do álcool e a formação profissional, de forma a “garantir” mais empregabilidade para os jovens, parte onde “entra” o Fundo do Turismo e outros parceiros.
“Com a autarquia local, o Fundo do Turismo e o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) vai ser implementado um outro projecto maior nas localidades de Lomba, Ferreiros e Palhal, financiado pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) e que será executado pela delegação do Ministério do Ambiente, de forma a transformar a comunidade de Lomba, juntos”, adiantou Paula Silva.
Este projecto a ser implementado, além de arruamentos, pretende “trabalhar os jovens”, formando-os a nível do cooperativismo e a gestão das cooperativas, haverá também formações para a conservação e transformação do pescado e na área da cozinha, aproveitando a construção do miradouro esplanada, para empregar jovens, “com especialidade principalmente em pratos derivados do peixe”.
Esta responsável adiantou igualmente que o programa ainda não fez nenhum investimento na ilha, uma vez que, o município da ilha Brava não constava da lista inicial dos municípios pertencentes à plataforma, que “foi corrigida no último comité de pilotagem realizado em Fevereiro deste ano”.
Daí se explica o porquê deste município estar ainda na “fase de diagnóstico territorial e a preparar a lógica de parcerias estratégicas para a elaboração e implementação do projecto de impacto”.
A plataforma é liderada pelas câmaras municipais, mas constituída por todos os actores do município. E, conforme esta mesma fonte, a ilha Brava “tem uma plataforma muito bem estruturada e bem participada”.
Esta plataforma é financiada pela cooperação Luxemburguesa e envolve nove municípios, “tendo em conta os mais periféricos, com nível de pobreza maior”.
Ainda de acordo com a animadora territorial, a plataforma na ilha “está engajada” e “motivada” em transformar a Brava, aproveitando as riquezas locais, além de ser o primeiro município que oficializou esta plataforma na Assembleia Municipal, podendo ter resultados palpáveis “daqui a um ou dois anos”.
Inforpress