Promotores de evento musical na localidade de Palhal condenam a tentativa de aproveitamento político por parte da candidatura de Francisco Tavares

Macedo afirmou que esperava que a Câmara Municipal da Brava e a candidatura de Francisco Tavares, tivesse reconhecido o esforço dos promotores e dos artistas envolvidos no evento, destacando a importância da cultura para o fortalecimento da identidade da ilha. No entanto, de acordo com o promotor, em vez de celebrar o sucesso do evento, a única menção feita pela Câmara Municipal foi sobre o espaço onde o evento foi realizado, o Polivalente, um local construído pela própria câmara.

"O que mais me surpreende e me decepciona é que, em vez de reconhecerem o esforço coletivo de todos os envolvidos — artistas, promotores, técnicos, e toda a comunidade que participou — o foco foi apenas o espaço físico onde o evento ocorreu. A Câmara Municipal da Brava deveria estar mais preocupada em valorizar as acções culturais e apoiar os nossos artistas, mas ao invés disso, quiseram apenas destacar a obra da sua autoria", disse Anderson Macedo. Ele acrescentou que o Polivalente, embora seja um espaço importante, não é mais do que uma obrigação da Câmara Municipal.

Macedo também fez questão de frisar que o evento foi realizado com grande empenho e envolvimento da comunidade, e que os promotores não buscavam qualquer tipo de reconhecimento político, mas sim a valorização da cultura local. A polêmica envolvendo a tentativa de uso político do evento foi vista como uma tentativa de desviar o foco da verdadeira importância do evento, que foi proporcionar aos habitantes da Brava uma experiência de entretenimento e valorização artística.

Os promotores finalizaram deixando claro que não têm intenção de entrar em disputas políticas, mas reafirmaram a sua posição de que a cultura deve ser tratada como um bem coletivo e não como uma plataforma para interesses eleitorais. “O que pedimos é apenas o reconhecimento do trabalho dos nossos artistas e a valorização da nossa cultura, sem que isso se torne uma bandeira política de qualquer lado”, concluiu Anderson Macedo.

A situação gerou um grande debate nas redes sociais, com a população, na sua maioria condena esta tentativa de politização de um evento cultural. Para muitos, o episódio reflete uma crescente politização da cultura na Brava, o que pode prejudicar o desenvolvimento de iniciativas que, ao invés de serem usadas como instrumentos de confronto, deveriam ser momentos de união e celebração da riqueza cultural local.

MS