Reconquistar Santa Catarina do Fogo e Brava nas próximas eleições é o principal desafio do PAICV para a região sul – Rui Semedo

O Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV-oposição) estabeleceu como principal desafio para a região sul do país a reconquista das câmaras de Santa Catarina (Fogo) e da Brava nas próximas eleições autárquicas de 2024.

Oct 23, 2023 - 05:49
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Reconquistar Santa Catarina do Fogo e Brava nas próximas eleições é o principal desafio do PAICV para a região sul – Rui Semedo

O desafio foi lançado na noite de sexta-feira, pelo presidente do PAICV, Rui Semedo, no acto da abertura do ano político na ilha do Fogo, salientando que o desafio é continuar a desenvolver os municípios de São Filipe e Mosteiros, onde é poder, e reconquistar Santa Catarina para dar um novo rumo a este município que desde 2016 passou para as mãos do Movimento para a democracia (MpD).

Rui Semedo apelou aos militantes e simpatizantes do seu partido para abraçarem um desafio mais amplo para dar um novo rumo para a Região Fogo/Brava porque, explicou, a Brava precisa de uma liderança com visão, capacidade e entrega que contribua para arrastar a população para o seu desenvolvimento.

“É um desafio para dar à Região Fogo/Brava um outro rumo. Temos de trabalhar para ganhar porque a vitória não acontece por milagre e temos lideranças claras e mobilizadoras para manter os dois municípios (São Filipe e Mosteiros) e conquistar Santa Catarina e Brava”, afirmou Rui Semedo.

O político lembrou que a nível nacional o seu partido fixou uma meta ousada que é de ser, pela primeira vez, o partido com maior número de câmaras, salientando que o PAICV está firmemente engajado nesta caminhada para cumprir esta meta que é possível.

Para o presidente do PAICV, o foco é manter as oito câmaras geridas pelo seu partido e conquistar mais câmaras, sublinhando que há possibilidades reais para que isso aconteça, nomeadamente as duas da Região Fogo/Brava, mas também na ilha de Santiago e nas ilhas do Barlavento.

“O país está sem rumo e temos de provocar a mudança de rumo a partir das eleições autárquicas de 2024”, disse Rui Semedo, apelando aos militantes para um amplo entendimento interno para separar o essencial do não essencial e para consolidar a base de união e para entender que Cabo Verde, neste momento precisa do PAICV cada vez mais preparado para um novo rumo, um novo governo e nova forma de pensar o país baseada no patriotismo.

Rui Semedo destacou a importância do acto de homenagem e reconhecimento de cerca de três dezenas de militantes, sendo o mais idoso com 94 anos, pela contribuição que deram para desenvolvimento da ilha e pelo crescimento do PAICV.

Por outro lado, reconheceu os militantes da ilha do Fogo, que segundo o mesmo, sempre respondeu nos momentos mais desafiantes e difíceis, mobilizando para suster o PAICV, e pelo exemplo que deram em todos os momentos como na transição política em que resistiram às tentações de instrumentalização, perseguição e outra forma de controlo, mas também reconheceu a geração que assumiram a responsabilidade e que governar a ilha depois da abertura política até os dias de hoje.

Já o presidente da Comissão Política Regional do Fogo do PAICV (CPR), Luís Nunes, disse que a força do PAICV está na sua base e que há um crescimento contínuo desta força.

Sublinhou que o partido está bem organizado e estruturado nos municípios de São Filipe e Mosteiros e que a preocupação relativamente a Santa Catarina será ultrapassada dentro de três semanas com eleição dos órgãos locais, como comité de sector e primeiro secretário.

“A meta estabelecida pela CPR-Fogo é estrutura o PAICV e trabalhar para ser o maior partido autárquico na Região Fogo/Brava”, referiu Luís Nunes, salientando que o objectivo é manter as câmaras de São Filipe e Mosteiros, reconquistar Santa Catarina do Fogo e Brava para “pintar de amarelo” a região.

Com relação à homenagem aos militantes mais antigos, Luís Nunes indicou que é o reconhecimento pelo empenho e contribuição que deram, esperando que pode servir de exemplo para os militantes mais jovens em dar tudo sem receber nada em troca.

Os presidentes das câmaras de São Filipe e Mosteiros, Nuías Silva e Fábio Vieira, respectivamente, também discursaram no acto de abertura fazendo um diagnostico dos trabalhos realizados nos seus municípios e quer um como outro queixaram-se da discriminação de que tem sido alvo por parte do governo do MpD, na “tentativa de estrangular” o processo de desenvolvimento socioeconómico.

Depois de São Filipe, hoje o presidente do PAICV desloca-se à vizinha ilha Brava para proceder à abertura do ano político naquela ilha.