S.Filipe e gestão autárquica: Jorge Nogueira desmente o PAICV e diz que a CMSF vai tornar público as ilegalidades da gestão anterior praticadas nas vésperas das campanhas.

A Câmara Municipal de São Filipe (CMSF) convocou a imprensa, esta quinta-feira,28, para reagir às declarações do líder sector do PAICV no concelho, Renato Delgado, que acusa a edilidade de não permitir que o Executivo Camarário e a Assembleia Municipal cumpram o seu papel de fiscalização administrativa e financeira da Execução Orçamental.

Sep 29, 2017 - 03:10
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S.Filipe e gestão autárquica: Jorge Nogueira desmente o PAICV e diz que a CMSF vai tornar público as ilegalidades da gestão anterior praticadas nas vésperas das campanhas.

A Câmara Municipal de São Filipe (CMSF) convocou a imprensa, esta quinta-feira,28, para reagir às declarações do líder sector do PAICV no concelho, Renato Delgado, que acusa a edilidade de não permitir que o Executivo Camarário e a Assembleia Municipal cumpram o seu papel de fiscalização administrativa e financeira da Execução Orçamental. Denunciou ainda o caso da obra com valor superior a 10 mil contos que foi adjudicada sem concurso público - a lei em vigor proíbe tal prática. Para pôr cobro a este alegado desmando, o PAICV avisou que vai solicitar um inquérito para apurar a veracidade dos factos, a que poderá conduzir, segundo diz o partido, a perda do mandato do Edil de São Filipe suportado pelo MpD. Mas Jorge Nogueira refutou tais denuncias e garantiu que “a Câmara tem contas certas e transparentes. Clarificou ainda que teve autorização da autarquia para contratar empresas a executarem as obras, ao mesmo tempo que avisou que a CMSF vai tornar público, na próxima semana, «um conjunto de ilegalidades graves registas durante a gestão do PAICV», que cometidas nas vésperas das campanhas. Em relação à possibilidade de o mesmo correr o risco de perder o mandato, o edil da Cidade dos Sobrados considerou que essa hipótese avançada pelo PAICV não passa de "pura ignorância".

"Em 24 anos o PAICV, com a mesma lei, praticou as mais graves ilegalidades, praticou gestão danosa e pagou mais de 160.000 contos de indemnizações, introduziu dezenas de camaradas, sem concurso, na administração da Câmara", afirma o edil Jorge Nogueira, deixando garantias de que vai cumprir com todos os compromissos assumidos com os sanfilipenses. "O pior passou. Vamos arrancar uma nova fase da vida deste Município", garante o edil.

É assim, desta forma que, a Câmara Municipal de São Filipe reage em declarações à imprensa às denúncias do líder local do PAICV e dO ex-Edil Luís Pires, também líder do Grupo Independente Por Amor Incondicional a São Filipe (GIPAIS). Nogueira diz que a Câmara tem contas certas e transparentes. “A Câmara tem contas certas e transparentes. Diferentes das de governação anterior. Quando assumimos a gestão Camarária em Outubro de 2016, as contas diziam que estávamos a receber da gestão anterior mais de 52.000 contos de saldos. No entanto, na verdade, o saldo que transitava era de apenas 40$00”.

Por isso, Jorge Nogueira assegurou que antes de apresentar as contas, a sua equipa quis assim "resolver graves erros e irregularidades que aquele partido vinha praticando, para se poder ter contas certas, verdadeiras e não esse faz de conta que a antiga administração autárquica apresentava. Estas denuncias vêm duma oposição descredibilizada, que passou 24 anos em gestão danosa, em ilegalidades e a sobreviver com mentiras, atrasando um Concelho que ficou entre os últimos do País".

O autarca do MpD disse ainda que a anterior gestão apresentou contas "feitiços", e, que, feitas as correcções devidas, a edilidade sob sua gestão, vai cumprir integralmente com o fornecimento dos balancetes trimestres e com as contas. Sendo assim, questiona "mas que moral tem o PAICV de exigir o rigoroso cumprimento da lei, quando em 24 anos não apresentaram os balancetes conforme estabelece o regime financeiro das autarquias? Ou a lei só passou a existir a partir de Outubro de 2016? ", indagou.

Obras sem concurso: O PAICV só pode estar a ver-se ao espelho

Referindo-se às obras sem concurso, Nogueira afirmou que nesta matéria "o PAICV só pode estar a ver-se ao espelho. Todas as obras começadas e o grande número de outras que começarão em breve, foram a concurso publico". Lembrou ao partido tambarina, que durante os 24 anos de reinado, só os dois esqueletos dos campos de Congresso e de Lém levaram 100 mil contos. Disse que não houve um único concurso e as obras ficaram a 1/3 do previsto. Precisa que dos mais de 150 funcionários que entraram na Câmara nos 24 anos do PAICV, apenas 1 entrou com concurso. "Nessa altura o Paicv não se lembrou de que havia lei?", questionou.

Mas as reações não ficaram por aí. Nogueira clarificou que, autorizada pela Câmara Municipal, foi contratada "uma empresa reputada que fez todo o trabalho. Na reunião da Câmara de 11 de Julho, houve uma deliberação para se fazer as correcções devidas". Confirmou ainda que, na reunião da Câmara de 08 de Setembro, a Conta de Gerência de 2016 foi aprovada. "Os Vereadores Renato Delgado e Luís Pires estiveram presentes, votaram e por isso bem sabem que existem contas, contas certas e diferentes das que apresentavam", arrematou.

CMSF vai tornar público na próxima semana um conjunto de ilegalidades graves na gestão do PAICV

"Diz o Paicv que só foram realizadas onze reuniões da Camara. Os documentos podem mostrar que foram realizadas dezoito reuniões ordinárias e mais três extraordinárias, convocadas para suprir as não realizadas nas datas pré-definidas", confirma.

JN informa que, na próxima semana, a Câmara Municipal vai tornar público um primeiro conjunto de ilegalidades graves, de desvios de artigos e materiais de construção requisitados nas vésperas da campanha e das razões pelas quais o inventário do património da Câmara foi destruído, para assim cada um abocanhar a sua parte. "E, conforme é nossa obrigação, iremos entregar as provas ao Ministério Público. Mesmo que seja para ficar em nada, conforme tem sido prática", avisou.

Focado nos dois adversários com assento nos Orgãos autárquicos de S.Filipe, Jorge Nogueira advertiu que "os dirigentes do Paicv-1 e do Paicv-2, este com o nominho de GPAIS, estão aflitos e desesperados. Primeiro, por causa da forma como conseguimos arrumar, em pouco tempo, a bagunça que era a administração municipal, tendo já um conjunto de reformas a serem apresentadas à Assembleia Municipal para aprovação em Outubro. Em segundo lugar, devido a muitas obras que a actual Câmara começa a executar e que lhes fazem entender que daqui a pouco as populações de S.Filipe irão compreender definitivamente que os 24 anos do PAICV foram anos perdidos. E nessa altura será o adeus definitivo daquele partido na ilha no Fogo», enfatizou.

Perda de Mandato considerada de pura ignorância

"A possibilidade de perda de mandato é pura ignorância", replicou o edil. Nogueira acusa o PAICV de ter gerido os destinos do concelho, nos últimos anos, com várias praticas de ilegalidades, gestão danosa e pagou mais de 160.000 contos de indemnizações, introduzindo dezenas de camaradas, sem concurso, na administração da Câmara.

Entretanto, Jorge Nogueira reafirmou que cumprir as promessas feitas aos munícipes. "Vamos cumprir com todos os compromissos que assumimos com as populações, com S.Filipe. O pior passou. Vamos arrancar uma nova fase da vida do Município de S.Filipe. E vamos exigir, intransigentemente, que todos cumpram com as suas obrigações, sob pena de ficarem pelo caminho", conclui o edil.

Asemana