SABIA QUE CABO VERDE ESTÁ A PARTICIPAR NESTE MÊS DE FEVEREIRO NO CAMPEONATO DO MUNDO DE ESQUI ALPINO ?
É verdade. Embora sem neve e sem o chamado desporto de inverno, Cabo Verde (CPV) figura entre as 75 nações que participam na 47ª edição do Campeonato Mundial de Esqui Alpino, da FIS, a decorrer neste mês de fevereiro em Courchevel e Méribel, nos Alpes franceses.
É verdade. Embora sem neve e sem o chamado desporto de inverno, Cabo Verde (CPV) figura entre as 75 nações que participam na 47ª edição do Campeonato Mundial de Esqui Alpino, da FIS, a decorrer neste mês de fevereiro em Courchevel e Méribel, nos Alpes franceses.
Nao é também menos verdade que essa primeira participação de Cabo Verde não esta a correr como o planeado mas mesmo assim Jerome Philippe increveu o seu nome como o “primeiro cabo-verdiano” a entrar na prova máxima do esqui mundial.
REPRESENTANDO A TERRA DA SUA EX-MULHER
Jerome Philippe, residente em Bourg-Saint-Maurice , no sudoeste da França, foi durante muito tempo casado com uma cabo-verdiana mas apesar da rutura dos laços matrimoniais manteve ligado a Cabo Verde, pais que decidiu representar desportivamente.
E como Cabo Verde não tem nenhuma federação de desportos de inverno, este francês de 47 anos criou a sua própria federação cabo-verdiana de esqui, podendo assim se inscrever como atleta de Cabo Verde na Federação Internacional de Esqui (FIS).
A entrada de Jerome na festa do esqui mundial não foi contudo muito feliz. O professor de Liceu - Jerome é doutorado em Física - o professor não está lá muito bem preparado fisicamente e foi à risca que conseguiu passar uma primeira etapa destinada a países pouco habituados ao desporto de neve .
Na segunda prova ele foi desqualificado porque não conseguiu se manter na pista ( derrapou). Resta agora tentar uma ultima chance no slalom masculino deste fim de semana mas a chance de se qualificar é realmente muito pequena ja que na prova estarão alguns dos gigantes do esqui mundial.
À PROCURA DE PATROCÍNIO
Jerome disse que teve dificuldades em se manter na pista porque seu equipamento era obsoleto. De resto, o único atleta e capitão de Cabo Verde no mundial de esqui nem sequer tem treinador.
O professor retomou a pratica de esqui depois de 10 anos de paragem e sem clube nem estrutura para treinos contínuos chegou aos Alpes nitidamente em baixa forma física, tanto mais que - disse ele - “como esquiador de uma pequena nação” não está habituado a grandes pistas”.
Apesar das dificuldades, Jerome sonha em levar Cabo Verde ao Mundial de 2025 e principalmente aos Jogos Olímpicos de 2026 mas, para isso, diz que gostaria de ter um patrocinador que ajudasse com os custos do equipamento.
É que embora o esqui possa não ser um desporto só para ricos como se costuma dizer, essa modalidade não é financeiramente lá muito “democrática” e nem todos tem condições para comprar os caríssimos equipamentos de primeira classe que variam conforme as características da pista ou da competição.
Jerome agradece,