Será que nunca tivemos Ulisses ou alguém teve a malvadeza de trocá-lo?
Será que nunca tivemos Ulisses ou alguém teve a malvadeza de trocá-lo nalguma das esquinas desse mundo global que, diga-se de passagem, tem percorrido de forma abundante. Eu recuso-me a aceitar a ideia de que tudo afinal não passou de ilusionismo porque normalmente estou muito atento aos truques.
Será que nunca tivemos Ulisses ou alguém teve a malvadeza de trocá-lo nalguma das esquinas desse mundo global que, diga-se de passagem, tem percorrido de forma abundante.
Eu recuso-me a aceitar a ideia de que tudo afinal não passou de ilusionismo porque normalmente estou muito atento aos truques.
Prefiro consumir a ideia da troca porque este Ulisses com o qual temos convivido nestes dias não tem nada a ver com o que nos apresentaram na campanha eleitoral, aquele homem alegre, descontraído, lesto nas propostas, veloz na apresentação das soluções, gênio em fazer as contas, compreensivo a ouvir as pessoas, democrático no confronto político com os adversários e dialogante no período de estágio.
Sim aquele homem cujo partido era Cabo Verde e que se marimbava nas questões de interesse puramente partidário.
Não me venham dizer que este que diz que não é gestor dos TACV, que o emprego não cai do céu, que a oposição é contra os estrangeiros, que críticas a esses erros clamorosos dos manuais é uma questão de politiquices e e tantas outras baboseiras é o nosso Ulisses.
Eu, até prova em contrário, não acredito que este seja o nosso Ulisses.
Alguém trocou-nos o Ulisses e não sei nem porquê,nem quando, nem como, nem com que objetivo, mas alguém quis tramar-nos.
Neste mundo louco de novas tecnologias tudo é possível e, perante as evidências, só nos resta encomendar um exame, insuspeito, do ADN ou do DNA, conforme se quiser, para termos de volta o nossa homem das soluções.
Neste mercado global há muitos espertos que se aproveitam dos recursos dos outros e, seguramente, querem-nos passar para trás.
Se não houver competência nacional então que contratemos serviços de peritos internacionais mas temos que ter o nosso Ulisses de volta, custe o que custar.
Que nos devolvam o que é nosso, não de preferência mas obrigatoriamente, vivo.
Rui Semedo