Sindprof defende criação de pólos universitários nas ilhas do Fogo e Brava para formação de professores
A presidente do Sindicato Democrático dos Professores (Sindprof), Lígia Herbert, propôs hoje a criação de polos universitários no Fogo e na Brava por forma a garantir a formação dos professores nas respectivas ilhas de residência.
A presidente do Sindicato Democrático dos Professores (Sindprof), Lígia Herbert, propôs hoje a criação de polos universitários no Fogo e na Brava por forma a garantir a formação dos professores nas respectivas ilhas de residência.
Aquela dirigente sindical, que terminou este sábado uma visita à região Fogo/Brava, pediu uma “atenção especial” a essas duas ilhas, já que, conforme salientou, os professores das outras ilhas estão a estudar e a progredir, enquanto os docentes das duas ilhas estão “estagnados e desanimados”.
“Encontramos problemas de professores com a formação do Instituto Pedagógico e que não são comtemplados nesse estatuto, que foi aprovado em 2015, professores com bacharelato que não conseguem entra no quadro definitivo porque não estão comtemplados”, disse.
Neste sentido, além de pedir a revisão do estatuto, que precisou, só contempla professores com a licenciatura, defendeu a criação de condições para permitir que aqueles que ainda desejam fazer o complemento de licenciatura o possam fazer nas suas ilhas de residência.
“São duas ilhas que não têm polos universitários e os professores não podem abandonar os postos de trabalho para estudar na Praia ou noutro local para completar a licenciatura. Portanto, são professores que estão excluídos”, disse, sugerindo a criação de polos universitários nas ilhas do Fogo e Brava.
A sindicalista está ciente dos custos, mas salientou que é preciso ver esses custos numa perspectiva de investimentos, até porque frisou, professores ‘empoderados’ produzem mais e melhor.
“Enquanto os professores das outras regiões já estão com mestrado porque continuam a estudar a e avançar, os professores das ilhas do Fogo e Brava ficam amarrados com esperança de fazer a licenciatura porque ficaram parados no tempo”, disse adiantado que são professores com 10 ou 15 anos de trabalho sem entrar no cargo e que leccionam à longa distância das suas residências.
MJB/CP
Inforpress/fim