Surto de parasitas atingiu ilhas Brava e São Nicolau e alguns concelhos de Santiago – director-geral da Agricultura
O director-geral da Agricultura disse hoje que as ilhas Brava e São Nicolau e alguns concelhos de Santiago foram afectadas por um surto “muito forte” das parasitas “endo’ e ‘ectoparasitas”, responsáveis por “perdas económicas significativas” na produção animal.
O director-geral da Agricultura disse hoje que as ilhas Brava e São Nicolau e alguns concelhos de Santiago foram afectadas por um surto “muito forte” das parasitas “endo’ e ‘ectoparasitas”, responsáveis por “perdas económicas significativas” na produção animal.
José Teixeira, que falava aos jornalistas momentos antes da abertura do encontro de validação da Estratégia Nacional de Controle Prevenção e Luta contra os Parasitas, que decorre hoje, na Cidade da Praia, disse que neste momento a situação “é estável e controlada”, graças as medidas implementadas nos últimos anos.
“Em relação as parasitas ‘endo’ e ‘ectoparasitas’ para controlar a situação e combater essa praga naquelas ilhas tivemos uma intervenção no terreno essencialmente nos animais”, revelou o responsável, que assegurou que para apoiar os criadores de gado mais afectados o Governo solicitou o apoio da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).
Segundo avançou, através do projecto de assistência de urgência para o reforço dos meios de existência dos criadores vulneráveis afectados pela seca-TCP/CVI/3608 (E), estiveram em Cabo Verde especialistas para ajudar os técnicos nacionais na identificação dos parasitas, acções e estratégias adequadas para o combate.
Entretanto, assegurou que os resultados foram “extremamente satisfatórios”, sendo que no universo de 150 mil efectivos ruminantes e pequenos ruminantes 43 por cento (% )encontra-se na ilha de Santiago, sendo a Brava a ilha mais afectada.
Para enfrentar eventuais parasitas, sobretudo nos ruminantes como bovino e caprino, adiantou que técnicos de todas as delegações do Ministério da Agricultura, essencialmente médicos veterinários, estão hoje reunidos para validar uma estratégia nacional de prevenção e controle do ‘endo’ e ‘ectoparasitas’.
“O encontro visa recolher subsídios para que possamos ter um documento estratégico que permita dar respostas a eventuais situações de ataque severo e prevenir essas situações no futuro”, acrescentou.
Por seu turno, a representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em Cabo Verde, Ana Touza, disse que o documento vai delinear acções a concretizar pelos serviços de saúde animal, visando o controlo sustentável das populações endoparasitas e ectoparasitas.
A mesma vai assegurar a sanidade animal e garantir a protecção da saúde pública veterinária e humana e contribuir para a segurança alimentar sobretudo das famílias que têm na actividade pecuária a sua principal fonte de rendimento.
Perante o cenário de seca, a FAO apoiou o Governo de Cabo Verde através do projecto de Assistência de urgência para o reforço dos meios de existência dos criadores vulneráveis afectados pela seca de-TCP/CVI/3608 (E) avaliado em 500.000 dólares.
AV/AA
Inforpress/Fim