TACV em polvoroso : Trabalhadores convocam manifestação para quinta-feira e ameaçam com greve geral
O ambiente laboral na TACV em privatização está em polvoroso. Os trabalhadores marcam uma manifestação, na Cidade da Praia, na quinta-feira, 15, e ameaçam convocar uma greve geral, caso a situação não se alterar em termos de negociação, no âmbito da reestruturação da companhia aérea nacional de bandeira.
O ambiente laboral na TACV em privatização está em polvoroso. Os trabalhadores marcam uma manifestação, na Cidade da Praia, na quinta-feira, 15, e ameaçam convocar uma greve geral, caso a situação não se alterar em termos de negociação, no âmbito da reestruturação da companhia aérea nacional de bandeira.
O processo relativo à reestruturação da TACV continua a dar que falar entre o colectivo ainda no activo e outros colaboradores a serem lançados no desemprego. De acordo com o Sindicato de Transportes, Telecomunicações, Hotelaria e Turismo (Sitthur) citado pela Inforpress, a decisão de manifestação e greve saiu de uma assembleia de trabalhadores, realizada neste sábado, com o objectivo de avaliar a situação dos processos de reestruturação da companhia, agora entregue pelo actual governo à Binter-CV (voos domésticos) e Icelandair (rotas internacionais).
A proposta de indemnização apresentada pela empresa para a rescisão por mútuo acordo, o programa de pré-reforma, condições para transferência de trabalhadores para ilha do Sal e ameaças de despedimento, foram, segundo a mesma fonte, os assuntos debatidos durante a assembleia.
Em comunicado, o Sitthur diz que durante a reunião constatou-se “a existência, neste momento, de um clima de grande descontentamento e revolta no seio dos trabalhadores, por causa das medidas que estão a ser tomadas pela administração da empresa, ignorando completamente os trabalhadores e os seus representantes”.
“Constatou-se ainda, existência de um ambiente de grande pressão, de ameaças e de intimidação dos trabalhadores por parte dos responsáveis da empresa, no sentido de impor, à força as suas medidas”, refere a mesma fonte.
Relativamente a proposta de 25/27 dias de salários de indeminização, o Sitthur informa que foi “liminarmente rejeitada, pelos trabalhadores, por ser irrisória, injusta e carecer de suporte legal”.
Durante a reunião os trabalhadores insistiram na reabertura, urgente do programa de pré-reforma e no cumprimento dos compromissos assumidos pela administração da empresa perante o sindicato. C/Inforpress
O comunicado diz também que os trabalhadores não aceitam ser transferidos para ilha do Sal, sem que, previamente sejam discutidos e acordadas as condições para a transferência.
Na reunião foi ainda incumbido o Sitthur de contactar os sindicatos dos pilotos e do Pessoal Navegante de Cabine (PNC), sobre as propostas de acções a desenvolver e a sua participação.
Os trabalhadores incumbiram igualmente o Sitthur de contactar os sindicatos das outras ilhas, no sentido do envolvimento dos trabalhadores nas várias acções a serem desencadeadas. C/Inforpress