TACV: Olavo Correia responde José Maria Neves

“É preciso paciência e calma e menos ruídos, sobretudo por parte daqueles que estiveram 15 anos para apresentar uma solução ao país e deixaram uma empresa falida, sem qualquer perspetiva”.

Nov 16, 2017 - 14:49
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TACV: Olavo Correia responde José Maria Neves

“É preciso paciência e calma e menos ruídos, sobretudo por parte daqueles que estiveram 15 anos para apresentar uma solução ao país e deixaram uma empresa falida, sem qualquer perspetiva”.

“Na bancada todos têm opinião” , é desta forma que o ministro das Finanças, Olavo Correia, começa por responder ao post no Facebook do ex-primeiro ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, onde questiona a transparência nos negócios com a companhia aérea pública TACV.

Olavo Correia relembra que José Maria Neves “esteve 15 anos para fazer aquilo que devia fazer e não fez”. Correia prossegue afirmando que JMN “deixou uma empresa (TACV) completamente falida, só em estudos económicos gastou mais de 7 milhões de euros (…) sem qualquer visão do ponto de vista dos transportes aéreos”. O governante diz ainda que em qualquer perspetiva, Neves não pode querer dar lição ao Governo do MpD.

“Dêem-nos tempo que nós iremos apresentar uma boa solução em matéria de hub aéreo ao país. Nós estamos a trabalhar com responsabilidade, com estudos, com pareceres de quem conhece o negócio, para que possamos estruturar da melhor forma este hub”, prossegue Correia dando conta que há muitas companhias aéreas interessadas em Cabo Verde. “Sempre tenho dito que este é um processo complexo, difícil, exigente, que comporta riscos, mas nós estamos a trabalhar para trazer uma boa solução para o país”, diz.

O titular da pasta das finanças avança ainda no mesmo post que “o Governo está muito otimista em como será possível a boa solução” que, “inclusive o Afreximbank, há pouco dias, demonstrou engajamento em financiar o conceito do Governo em matéria de hub”.

Para Olavo Correia “o hub aéreo de Cabo Verde tem de ser um negócio, não pode ser a vontade de cada um. E os negócios têm de ser feitos na base de rentabilidade” . Segundo diz, não se pode criar uma nova TACV, no sentido de que o Estado vai continuar a subsidiar com recursos que não tem.

“Isso deve ser feito numa base de racionalidade económica e financeira. É isto que o Governo está a tentar colocar sobre a mesa. Penso que devemos deixar a emoção de lado, porque o que está em causa são os recursos dos contribuintes e têm que ser geridos com base nos critérios de rentabilidade, da eficiência e da boa governação”, lê-se.

Olavo Correia escreve ainda que brevemente os cabo-verdianos vão ter toda a informação relativa ao contrato feito com a Icelandair. “Estamos a trabalhar com toda transparência e numa fase inicial não podemos partilhar tudo, porque num processo de privatização é preciso que determinadas informações sejam reservadas para que possamos proteger o interesse público. No momento certo todos vão saber toda a informação”, completa.

Para finalizar, o governante faz saber que “é preciso paciência e calma e menos ruídos, sobretudo por parte daqueles que estiveram 15 anos para apresentar uma solução ao país e deixaram uma empresa falida, sem qualquer perspetiva”.

GSF