Técnicos de Monumentos e Sítios do IPC na região Fogo e Brava para inventariar património cultural imóvel
Uma equipa técnica afecta à Direcção de Monumentos e Sítios (DMS) do Instituto do Património Cultural (IPC) encontra-se na região Fogo e Brava para conjuntamente com técnicos municipais proceder ao Inventário do Património Cultural Imóvel.
Uma equipa técnica afecta à Direcção de Monumentos e Sítios (DMS) do Instituto do Património Cultural (IPC) encontra-se na região Fogo e Brava para conjuntamente com técnicos municipais proceder ao Inventário do Património Cultural Imóvel.
Este é um projecto de carácter nacional e segundo o coordenador da Direcção de Monumentos e Sítios (DMS), Jaylson Monteiro, a equipa que iniciou terça-feira o inventário pelo centro histórico de São Filipe, vai permanecer no Fogo até sexta-feira, devendo na próxima segunda-feira, 09, deslocar-se à ilha Brava com a mesma finalidade.
A equipa procede ao levantamento no terreno e vai proceder ao diagnostico dos imóveis de valor patrimonial e dos respectivos centros históricos, indicando que no caso de São Filipe, onde no quadro do plano de salvaguarda do centro histórico já existe algum trabalho realizado, que a equipa vai aproveitar e incluir no inventário dos edifícios com valor patrimonial.
“O objectivo é inventariar e fazer o levantamento dos patrimónios imóveis e já recolhemos uma boa quantidade de informações que vamos aperfeiçoar no terreno”, disse Jaylson Monteiro, indicando que em São Filipe o trabalho de inventário servira para complementar o trabalho do plano de salvaguarda de centro histórico, anotando que depois de São Filipe, a equipa vai estar nos Mosteiros e em Santa Catarina.
O plano de salvaguarda, segundo o mesmo, tem importância para o IPC, mais sobretudo para o município, porque permite ter uma forma de gestão mais sustentável no centro histórico, definir nível de intervenção, as necessidades, as melhorias e correcções para valorização dos patrimónios, definir o que pode ser reabilitado e conservado e ter uma linha de orientação a nível de gestão do património.
Numa primeira abordagem este disse que alguns patrimónios estão degradados e outros conservados, anotando que é um processo porque em Cabo Verde ainda não existe a cultura de ter património como referência, mas que neste momento está-se a começar a ter esta visão.
Para Jaylson Monteiro, esta falta de visão que terá contribuído ao que ao longo do tempo, para que as pessoas deixassem o património degradar, mas refere que a edilidade de São Filipe já tomou algumas iniciativas que visa valorizar património, embora alguns já perderam características e identidade.
Depois do levantamento dos dados no terreno, os técnicos vão debruçar nos trabalhos de gabinete para tratar os dados recolhidos e aperfeiçoa-los em termos de informações históricas, arquitectónicas e enquadramento urbanístico, salientando que a inventariação do património é um processo sempre em andamento e evolução.
A equipa do IPC e da Câmara de São Filipe tem agendado um encontro, na quinta-feira, com a sociedade civil para transmitir informações e para sensibilizar, mas também para ouvir as contribuições e informações da sociedade civil.
JR/AA
Inforpress/Fim