Tem sido “muito gratificante” e “motivo de orgulho” exercer a função do chefe de Estado – Presidente da República
O Presidente da República revelou hoje que tem sido “muito gratificante” e “motivo de orgulho” exercer as altas funções do chefe de Estado, no estado actual de desenvolvimento de Cabo Verde, realçando importantes ganhos conseguidos em diferentes áreas
Estas declarações foram feitas num momento de balanço dos seus dois anos de mandato, completados hoje, durante uma conversa com os jornalistas e sociedade civil, com o propósito de abordar os pontos cruciais da sua atuação.
Numa breve resenha, José Maria Neves lembrou que ao assumir o cargo propôs ser um Presidente centrado nas pessoas, defensor das suas liberdades fundamentais e atento às suas reivindicações e aspirações.
Por isso, disse que tem procurado, “com serenidade e sentido de responsabilidade”, ser esse Presidente, apesar de não tem sido fácil, se se considerar, como justificou, “a fragilidade da sociedade civil, os elevados custos de participação num ambiente político-partidário excessivamente polarizado e a fraqueza da imprensa”.
Entretanto, revelou que tem sido “muito gratificante” e “motivo de orgulho” exercer as altas funções do Chefe de Estado, no estado atual de desenvolvimento económico, social, e político do país, realçando que o Presidente da República tem papel fundamental, nomeadamente no respeito pelas instituições democráticas, na defesa dos direitos fundamentais, e na protecção dos direitos das minorias.
“Por meio da pedagogia da palavra tenho-me abatido pela criação de boas condições para discussão de ideias e de propostas num quadro de liberdade de expressão, aceitação da diferença, confiança mútua entre os actores políticos e abertura para cedências mutuas”, sublinhou.
Neste sentido, o chefe de Estado destacou “importantes ganhos” conseguidos durante os seus dois anos de mandato, designadamente ao exercer a influência “positiva” para a recomposição do Conselho Superior da Magistratura Judicial, e para a nomeação do seu presidente, dos juízes do Supremo Tribunal de Justiça, do seu presidente, garantindo o seu pleno funcionamento e a normalização das relações dos tribunais com os restantes órgãos de soberania.
Nesses dois anos regozijou-se ainda pelo facto de conseguir proceder a restituição do Palácio do Povo à Presidência e a sua reabertura, enquanto residência oficial do Presidente da República na cidade do Mindelo, São Vicente, conforme os compromissos assumidos com os cabo-verdianos.
“Para além da presidência honorária do centenário da cidade de São Filipe em cujo quadro patrocinei actividades políticas, culturais e desportivas, realizei visitas a vários municípios dialogando com as autoridades locais, as universidades, os sindicatos, as ONG, as igrejas e os cidadãos em busca de soluções para os exigentes problemas que nos afectam”, ressaltou.
No plano das relações internacionais, destacou várias visitas realizadas, a sua participação em cimeiras da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), da União Africana e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), nas jornadas europeias de desenvolvimento, assim como em conferências internacionais.
A nível da diáspora, lembrou que realizou a primeira Presidência na Diáspora, nos Estados Unidos da América, que considerou um “grande sucesso”.
Nesta linha, defendeu que os cabo-verdianos devem assumir o processo de desenvolvimento como um longo caminho para a liberdade, comprometendo nesta missão, enquanto Presidente da República, cuidar de Cabo Verde e liderá-lo nessa caminhada.