“Todas as opções estão em cima da mesa”, lembra Trump a Pyongyang
Presidente dos EUA condenou o lançamento de míssil que sobrevoou o Japão, que diz ser um “comportamento inaceitável” por parte da Coreia do Norte.
O Presidente dos EUA, Donald Trump, condenou o lançamento de um míssil norte-coreano, que sobrevoou parte do território japonês na noite passada, lembrando ao regime de Pyongyang que “todas as opções estão em cima da mesa”.
PUB
“O mundo recebeu a mais recente mensagem da Coreia do Norte de forma audível e clara: este regime mostrou desprezo pelos seus vizinhos, por todos os membros das Nações Unidas, e pelos padrões mínimos do comportamento internacional aceitável”, afirmou Trump, de acordo com um comunicado divulgado pela Casa Branca.
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, considerou o ensaio balístico norte-coreano uma “acção irreflectida e sem precedentes”. Trump e Abe falaram ao telefone e prometeram “aumentar a pressão sobre a Coreia do Norte”. Foi também convocada uma reunião do Conselho de Segurança da ONU.
Nos últimos anos, a Coreia do Norte tem redobrado os lançamentos de mísseis, em violação de várias resoluções das Nações Unidas, mas a rota do míssil desta terça-feira (sobrevoando território japonês) é pouco comum. Em 1998 e 2009, Pyongyang lançou projécteis que sobrevoaram o Japão, mas garantiu estarem relacionados com o seu programa de satélites e, portanto, não teriam fins militares.
As primeiras análises indicam que o míssil disparado é da classe Hwasong-12, de médio alcance, e terá viajado mais de 2700 quilómetros, alcançando uma altitude de 550 quilómetros, antes de se despenhar no Oceano Pacífico e se separar em três partes. O Japão não tentou abater o míssil, diz a BBC, mas foram emitidos avisos para a população da ilha de Hokkaido procurar abrigo.
O regime norte-coreano diz que os testes balísticos são justificados como medida de “auto-defesa” do país perante a ameaça dos Estados Unidos. “Agora que os EUA declararam abertamente as suas intenções hostis em relação à República Popular Democrática da Coreia, intensificando os exercícios militares conjuntos agressivos, o meu país tem todas as razões para responder com contra-medidas duras, como forma de exercício dos seus direitos de auto-defesa”, afirmou o embaixador norte-coreano na ONU, Han Tae-song, durante a Conferência para o Desarmamento, em Genebra.
Os EUA e a Coreia do Sul iniciaram a 21 de Agosto uma série de manobras militares conjuntas – marcadas todos os anos para Agosto – que envolvem até ao fim do mês dezenas de milhares de tropas em exercícios no mar, terra e ar.