Última remodelação governamental fragiliza a cúpula do MpD: Consequências políticas podem estar a caminho
A recente remodelação governamental, que alguns já apelidam da ampliação governamental por não ter saído nenhum dos ministros com fraco desempenho, fragiliza a acutal cúpula ventoinha comandada por Ulisses Correia e Silva. É que dois dos vices presidentes do MpD que são ministros - Luís Filipe Tavares e Janine Lélis - saíram sem promoção e com isso um pouco fragilizados. Já os outros dois colegas conheceram alguma ascensão no actual Governo : Olavo Correia foi elevado para as funções de vice Primeiro-ministro e Fernando Elísio Freire para o cargo de ministro de Estado.Com isso, possíveis consequências políticas podem estar a caminho, segundo admitem alguns analistas da praça.
A recente remodelação governamental, que alguns já apelidam da ampliação governamental por não ter saído nenhum dos ministros com fraco desempenho, fragiliza a acutal cúpula ventoinha comandada por Ulisses Correia e Silva. É que dois dos vices presidentes do MpD que são ministros - Luís Filipe Tavares e Janine Lélis - saíram sem promoção e com isso um pouco fragilizados. Já os outros dois colegas conheceram alguma ascensão no actual Governo : Olavo Correia foi elevado para as funções de vice Primeiro-ministro e Fernando Elísio Freire para o cargo de ministro de Estado.Com isso, possíveis consequências políticas podem estar a caminho, segundo admitem alguns analistas da praça.
Mais delicado para ser o caso do Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Defesa. É que além dos péssimos resultados na gestão de alguns dossiers quentes na area da diplomacia, nomeadamente a derrota da candidatura de Cabo Verde à presidência da CEDEAO, Luís Filipes Tavares foi o que saiu mais fragilizado com a recente remodelação governamental. O Primeiro-ministro preferiu assumir diretamente a integração regional, criando o posto de ministro adjunto do Primeiro-ministro. Com isso, Luís Filipe Tavares viu a sua área de intervenção diplomática reduzida. Já no tocante à vice-presidente do partido, Janine Lélis, a sua pasta ficou intacta, mas não beneficiou de qualquer reforço político com a última mexida governamental.
Com mais peso político saíram claramente os vices-presidentes Olavo Correira e Fernando Elísio Freire. Foram promovidos a vice-primeiro-ministro e a ministro de Estado, respectivamente, conservando os ministérios que vinham dirigindo, desde o início desta legislatura que termina em 2021.
Para alguns analistas políticos, as possíveis consequências políticas desta medida podem estar a caminho. É que, segundo admitem, pode vir ditar uma nova correlação de forças a nível da cúpula do MpD e no seu interior. « Não há dúvida que o Governo de Ulisses Correia e Silva saiu um pouco reforçado com esta mexida, ao elevar o elenco governamental de 12 para 20 membros - criou mais oito pastas novas. Mas ao promover dois vices e não promover outros dois, deixou claro a avaliação que faz em relação ao desempenho destes últimos. Mas sendo o MpD detentor de uma tradição de luta interna que resultou em cisões na década de 90, não se sabe o que pode vir acontecer por causa desta medida. Isto sem contar com o aumento das críticas internas sobre o fraco desempenho do Governo e a tendência PCD dentro do partido que não esconde a sua insatisfação por não ter conseguido muito do actual poder, em termos de cargos a nível da administração pública e empresas», vai alertando a fonte que vimos citando.
Seja como for, esta é somente uma perspectiva independente-diferente à do MpD. Pode ser que o líder do partido, Ulisses Correira e Silva, tenha a sua estratégia de manter «a máquina ventoinha coesa e a funcionar», contornando os aspectos referidos. Isto apesar de alguns sinais claros de descontamentos - entre dirigentes e militantes - que estão a surgir a nível nacional. Mas vamos esperar para ver.