Victor Osório acusa Federação Portuguesa de não cumprir com salário de Rui Águas

O presidente da Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF), Victor Osório, acusou a congénere portuguesa de não ter cumprido o «acordo verbal» para suportar a remuneração de Rui Águas, que se demitiu do cargo de selecionador na passada sexta-feira, alegando oito meses de salário em atraso.

Victor Osório esclareceu, esta segunda-feira, em conferência de imprensa, na cidade da Praia, que, mesmo face à insistência da parte cabo-verdiana o contrato verbal que deveria estar em vigor e que garantiria o pagamento do salário de Rui Águas e do adjunto Bruno Romão «nunca passou ao papel».

«Não há qualquer contrato escrito entre a FCF e a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) sobre o salário de Rui Águas, assim como não há nenhum contrato escrito de trabalho entre a FCF e Rui Águas», revelou Victor Osório, sublinhando, depois, que «os pagamentos, quando feitos, não eram comunicados pela FPF à FCF».

«Mensalmente a FCF é que perguntava a Rui Águas se tinha recebido o salário…», juntou Victor Osório.

O presidente da FCF disse, também, que «estranhamente o `prize money´ que a seleção de Cabo Verde deveria ter recebido da FPF referente ao particular com Portugal», realizado no mês de março de 2015, no Estádio António Coimbra da Mota, no Estoril, «foi transferido para o salário de Rui Águas».